
Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira
AFP
Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza.
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Uma bebé de nacionalidade portuguesa foi retirada de Gaza em segurança, a última do grupo de cidadãos sinalizados por Portugal para saírem deste território, adiantou esta terça-feira à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Esta menor estava autorizada a sair, juntamente com os familiares que morreram na quarta-feira num bombardeamento no sul da Faixa de Gaza, na sequência do conflito entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas neste enclave.
Uma outra cidadã portuguesa que estava incluída no grupo prioritário optou por ficar em Gaza, referiu a fonte oficial da diplomacia portuguesa.
Na quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros tinha divulgado a saída de oito cidadãos sinalizados por Portugal - dois nacionais e seis familiares - através da passagem de Rafah, a qual está aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito.
Na mesma nota, a diplomacia portuguesa especificava que a saída da menor ainda não tinha ocorrido devido a dificuldades de comunicação com os seus familiares.
Um bombardeamento no sul da Faixa de Gaza na quarta-feira causou a morte de três portugueses, uma adulta e duas crianças, e dois familiares, que estavam incluídos na lista que o Governo português forneceu às autoridades para a retirada da Faixa de Gaza.
A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1200 mortos, na maioria civis, cerca de cinco mil feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que esta terça-feira entrou no 46.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 14 mil mortos, na maioria civis, e mais de 30 mil feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU.