Biden defende que hospital de Gaza cercado por forças israelitas "tem de ser protegido"
Há três dias que Hospital Al-Shifa não tem eletricidade nem água, e os tiros e bombardeamentos no exterior das instalações tornaram a situação ainda mais difícil.
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou esta segunda-feira que o maior hospital da Faixa de Gaza, cercado por forças israelitas, "tem de ser protegido" e apelou para uma "ação menos intrusiva" do Exército de Israel.
Os combates entre as forças israelitas e as milícias palestinianas cercaram todo o complexo do Hospital Al-Shifa, desencadeando a fuga de milhares de pessoas.
Há três dias que aquele estabelecimento de saúde não tem eletricidade nem água, e os tiros e bombardeamentos no exterior das instalações tornaram a situação ainda mais difícil.
"É minha esperança e expectativa que haja uma ação menos intrusiva", disse Biden, na Sala Oval da Casa Branca.
A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) - desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1200 mortos, na maioria civis, cerca de cinco mil feridos e mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas, que esta segunda-feira entrou no 38.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.180 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.