Biden: "Não podemos amar o país só quando ganhamos." Trump quer “curar” EUA, Kamala aceita derrota
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O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta quinta-feira que pensa falar em breve com o líder russo, Vladimir Putin, após ter conversado com cerca de 70 dirigentes mundiais desde a sua vitória nas presidenciais norte-americanas.
"Acho que vamos falar", afirmou o político republicano à estação televisiva NBC, na sua primeira entrevista desde a sua vitória eleitoral, no mesmo dia em que Putin indicou igualmente estar disponível para o diálogo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, felicitou esta quinta-feira Donald Trump pela sua vitória nas eleições presidenciais realizadas na terça-feira nos Estados Unidos e disse estar pronto para retomar o contacto com o político republicano.
"Aproveito esta oportunidade para o felicitar pela sua eleição para o cargo de Presidente dos Estados Unidos", disse Putin ao discursar no Valdai Debate Club que decorre na estância balnear russa de Sochi.
O ainda Presidente dos EUA falou esta quinta-feira ao país, após a derrota do partido democrata. Joe Biden prometeu uma "transição pacífica do poder", sublinhando que os últimos anos foram marcados por uma "presidência histórica".
De sorriso no rosto, o líder norte-americano começa por elogiar a "espinha dorsal" de Kamala Harris, candidata democrata às eleições nos EUA, afirmando que geriu "uma campanha inspiradora".
Reconhecendo a derrota de Harris, o Presidente avança que já falou com Donald Trump para felicitá-lo após a vitória do partido republicano e assegurou-lhe que já deu ordens à sua administração para que houvesse uma "transição pacífica e ordeira de poder": "é isso que os americanos merecem", vinca.
Biden jura, por isso, que "vai fazer cumprir a Constituição" e garante que, em 20 de janeiro, os Estados Unidos terão "uma transferência de poder pacífica".
"Não se pode amar o país só quando se vence. Não se pode amar o próximo só quando estamos de acordo. É preciso baixar a temperatura", apela.
Joe Biden vai reagir, esta quinta-feira, de viva voz à derrota do Partido Democrata nas eleições dos Estados Unidos. De acordo com a Casa Branca, citada pela Reuters, o ainda Presidente norte-americano falará ao país às 11h00 (hora local, 16h00 em Lisboa).
Fazendo uma análise ao discurso de Kamala Harris, o Enviado Especial da TSF aos Estados Unidos e Editor de Internacional da TSF, Ricardo Alexandre, considera que as palavras da democrata foram de qualidade superior às declarações de vitória de Donald Trump.
O secretário de Estado do Vaticano felicitou hoje Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas de terça-feira, afirmando esperar que o novo líder acabe com a polarização que existe nos Estados Unidos.
"Desejamos-lhe muita sabedoria, porque esta é a principal virtude dos governantes, segundo a Bíblia", afirmou o cardeal Pietro Parolin à imprensa italiana à margem de um evento na Universidade Gregoriana.
"Creio que, acima de tudo, [Trump] tem de trabalhar para ser o Presidente de todo o país e assim ultrapassar a polarização que tem ocorrido, o que se pode sentir muito claramente neste momento", afirmou o cardeal.
"Assim, esperamos que possa realmente ser um elemento de distensão e pacificação nos conflitos atuais que estão a sangrar o mundo. Ele disse que vai colocar um fim às guerras. Vamos esperar, vamos esperar. Claro que nem ele tem varinha uma mágica" disse.
Parolin declarou que "para acabar com a guerra é preciso muita humildade, é preciso muita vontade, é preciso perseguir verdadeiramente os interesses gerais da humanidade, em vez de nos focarmos em interesses particulares".
Questionado sobre se os ucranianos e os palestinianos devem temer que a paz seja feita às suas custas, Parolin respondeu que "é difícil fazer uma declaração sobre estas coisas".
"Vamos ver que propostas [Trump] irá fazer. Vejamos agora o que irá propor após a sua tomada de posse", afirmou ainda.
A Human Rights Watch (HRW) considerou na quarta-feira que a eleição de Donald Trump como o 47.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) representa uma "grave ameaça aos direitos humanos" quer no país, como no mundo.
Para justificar as suas preocupações, a organização não-governamental (ONG) apontou, em comunicado, o "historial de abuso de direitos de Trump durante o seu primeiro mandato", destacando "o seu abraço aos apoiantes e à ideologia da supremacia branca".
A HRW criticou ainda as "políticas antidemocráticas e anti-direitos extremos propostas por grupos de reflexão liderados por antigos assessores [de Trump] e as promessas de campanha, incluindo a de reunir e deportar milhões de imigrantes e retaliar contra adversários políticos".
No mesmo comunicado, a organização recordou a recolha que fez das "violações de direitos" durante a primeira administração Trump, entre 2017 e 2021, como as "políticas e esforços para expulsar requerentes de asilo e separar famílias na fronteira EUA-México" ou "alimentar uma insurreição violenta para derrubar os resultados de uma eleição democrática", numa referência à invasão do Capitólio (sede do Congresso norte-americano) ocorrida em 06 de janeiro de 2021.
A HRW acrescentou críticas aos elogios que Trump faz a "autocratas como Viktor Orbán [primeiro-ministro húngaro], Vladimir Putin [Presidente russo] e Kim Jong-Un [líder da Coreia do Norte]".
É de sorriso no rosto que Kamala Harris aparece em público, após a derrota eleitoral. "O meu coração está cheio de gratidão pela confiança que colocaram em mim", sublinha.
A luz da promessa da América vai sempre resplandecer enquanto nunca desistirmos e enquanto continuarmos a lutar
Começou por agradecer a "fé e o apoio" de Biden, o "serviço" de Tim Walz e a toda a equipa que participou na campanha eleitoral.
"Temos de aceitar os resultados destas eleições", assinala, informando que já falou com Trump e que vai envolver-se numa transferência pacifica de poderes: "Quando há uma eleição, aceitamos esse resultado. É o que distingue a democracia da tirania." E prossegue: "Devemos lealdade à Constituição dos Estados Unidos, não a um Presidente ou a um partido."
Garantindo que continuará "firme", refere que há lutas das quais nunca vai desistir: "Pela liberdade, pela oportunidade, pela justiça, pelos ideais que estão no âmago da nossa nação, pelas mulheres [para que] tenham a liberdade de tomar decisões sobre o seu corpo, pela proteção das escolas e ruas da violência das armas", entre outras.
"Não desesperem. Esta não é altura para desalento", apela, por fim, aos apoiantes, acrescentando: "Só se veem as estrelas quando está escuro. Vamos preencher o céu de milhares de milhões de estrelas, a luz do otimismo, da verdade e do serviço prestado."
O casal Obama já reagiu à vitória de Donald Trump nesta corrida à Casa Branca, destacando o "orgulho" por Harris e Walz pela campanha que realizaram: "Viver numa democracia significa reconhecer que nem sempre as nossas convicções sairão vencedoras."
O Presidente chinês, Xi Jinping, felicitou esta quinta-feira Donald Trump pela vitória nas eleições presidenciais norte-americanas, apelando aos dois países para que "se entendam", após anos de tensões bilaterais, informou a imprensa oficial.
"A história demonstra que a China e os Estados Unidos beneficiam com a cooperação e perdem com a confrontação", disse Xi Jinping ao presidente eleito dos Estados Unidos, de acordo com a televisão estatal chinesa CCTV.
"Uma relação sino-americana estável, saudável e duradoura está em conformidade com os interesses comuns dos dois países e com as expectativas da comunidade internacional", sublinhou Xi.
O regresso iminente de Donald Trump à Casa Branca implicará a constituição de uma administração totalmente diferente daquela que serviu o governo de Joe Biden e com poucas semelhanças à que constituiu após a vitória em 2016.
Com um período de 75 dias para formar a sua equipa antes da tomada de posse, em 20 de janeiro, o presidente eleito vai ter de ocupar cerca de quatro mil cargos governamentais com nomeados políticos, escolhidos pela equipa de Donald Trump, desde o secretário de Estado a outros chefes de departamento do Gabinete do Presidente, mas também todos os nomeados para servir a tempo parcial em conselhos e comissões.
Cerca de 1200 dessas nomeações presidenciais requerem a confirmação por parte do Senado, agora com maioria republicana.
Ficaram conhecidas as decisões dos americanos em mais dois estados.
O Partido Republicano conquistou o Alasca, enquanto Kamala Harris vence em Maine.
Ambos os estados mantiveram as cores das eleições presidenciais de 2020.
Já só faltam apurar os resultados eleitorais do Arizona e Nevada.
Falta encerrar a contagem dos votos em quatro estados norte-americanos, mas a vitória de Donald Trump é já garantida. Em declarações à TSF, perante este resultado, o antigo embaixador de Portugal nas Nações Unidas António Monteiro admite preocupação na relação dos Estados Unidos da América com a ONU. O republicano "não tem sido muito favorável ao multilateralismo, pelo contrário, tem tido uma atitude de nítido privilégio dos interesses nacionais e da defesa daquilo que mais agrada aos americanos ouvir".
Está cumprida a tradição norte-americana. Kamala Harris já telefonou a Donald Trump a felicitá-lo pela vitória, reconhecendo assim a sua derrota nesta corrida à Casa Branca, segundo a CNN Internacional.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, e o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestaram, esta quarta-feira, a "vontade de trabalhar para o regresso da paz e da estabilidade", face às crises internacionais, segundo a Presidência francesa.
Durante uma "excelente conversa de 25 minutos" por telefone, o chefe de Estado francês "sublinhou a importância do papel da Europa e disse ao Presidente Trump que estava disposto a continuar esta conversa e a trabalhar em conjunto sobre estas questões", afirmou o Eliseu.
O Presidente francês referiu ainda que este trabalho conjunto passará pelas "grandes crises internacionais em curso", em particular da Ucrânia e do Médio Oriente, "quando [Donald Trump] tomar posse" no final de janeiro de 2025, após a vitória do candidato republicano à Casa Branca.
O escritor norte-americano Richard Zimler confessa estar "muito perturbado" com a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, afirmando que o "sonho para uma América de maior empatia, igualdade e solidariedade terminou".
O também jornalista e professor, que vive há vários anos em Portugal, tinha esperança na vitória de Kamala Harris.
"Eu e todos os meus amigos americanos estamos muito perturbados, porque, em parte, parece que o nosso sonho para uma América de maior empatia, igualdade e solidariedade terminou", conta, em declarações à TSF.
Richard Zimler afirma que está "muito preocupado" com o futuro do país, agora que Trump tem o Senado e, provavelmente, a Casa dos Representantes.
"Ele pode passar novas leis contra os direitos das mulheres, dos LGBT, dos imigrantes e pode vingar-se dos seus inimigos - ele já ameaçou isso várias vezes. Estamos realmente muito, muito, muito preocupados", lamenta.
O ministro da Defesa Nacional manifestou, esta quarta-feira, a convicção de que os Estados Unidos da América "saberão estar à altura das suas circunstâncias" também no contexto NATO, tal como "aconteceu no passado, independentemente das administrações".
O governante foi questionado sobre a vitória do republicano Donald Trump nas presidenciais norte-americanas e as consequências que poderá ter no plano geopolítico internacional, tendo começado por realçar que "os Estados Unidos da América são o quarto parceiro comercial de Portugal" e um país "aliado que partilha os valores de referência das sociedades ocidentais".
Nuno Melo saudou o Partido Republicano pela vitória eleitoral, realçou "a forma impecável como decorreu o processo eleitoral" e desejou "muita sorte" à nova administração.
É mais um estado decisivo para Donald Trump, que vai solidificando a sua vitória: o candidato republicano conquista o Michigan, segundo a Associated Press. Desta forma, soma mais 15 votos no Colégio Eleitoral.
Em 2020, o Michigan deu a vitória a Joe Biden.
Jeff Bezos, dono do jornal Washington Post, parabenizou Donald Trump pela vitória nestas eleições presidenciais.
O também fundador da Amazon caracterizou este triunfo republicano como uma "reviravolta política extraordinária" e acrescentou que nenhuma outra nação tem "oportunidades maiores", desejando todo o sucesso na liderança da "América que todos amamos".
Kamala Harris vai discursar ainda hoje, pela primeira vez, após o resultado das eleições nos Estados Unidos. Segundo a agência Reuters, a democrata vai falar às 16h00 locais (21h00 em Lisboa).
O Livre considerou esta quarta-feira que se abriu uma "era nova" com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos e anunciou que pedirá um debate parlamentar sobre as opções europeias do ponto de vista económico, social e de defesa.
"A amizade entre o Canadá e os EUA é a inveja do mundo. Sei que o Presidente Trump e eu trabalharemos juntos para criar mais oportunidades, prosperidade e segurança para ambas as nossas nações", escreveu o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, na rede social X.
O antigo Presidente do Brasil já felicitou Trump: "Hoje, testemunhamos o ressurgimento de um verdadeiro guerreiro", escreve na rede social X.
O secretário-geral do PS afirmou esta quarta-feira que respeita os resultados eleitorais nos Estados Unidos e disse esperar que o país seja "parte da construção da paz" e que continue a aprofundar as suas relações com Portugal.
O candidato republicano às presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, terá uma segunda oportunidade na liderança da Casa Branca, ao ser eleito para um novo mandato numas eleições que deram também ao seu partido a recuperação do Senado.
À chegada ao dia eleitoral, na terça-feira todas as sondagens apontavam para um empate técnico com a candidata democrata, Kamala Harris, nos sete estados considerados decisivos, mas Trump acabou por vencer em pelo menos quatro deles - Pensilvânia, Carolina do Norte, Geórgia e Wiscosin -, ultrapassando os 270 votos eleitorais necessários para, quatro anos depois, voltar a sentar-se na Sala Oval.
A noite eleitoral norte-americana começou com o país dividido ao meio. Todas as sondagens apontavam para um empate técnico. O futuro ainda era incerto, com os republicanos e os democratas a mostrarem-se expectantes sobre quem seria o próximo Presidente dos Estados Unidos. No discurso em West Palm Beach, na Florida, Donald Trump declarou uma "vitória histórica", referindo que o futuro dos EUA será "de ouro". "Vamos ajudar o nosso país a curar-se", afirmou.
O PAN considerou esta quarta-feira que foi dado "um passo atrás" nos Estados Unidos da América, com a vitória de Donald Trump, e pediu que a União Europeia reforce o combate às alterações climáticas e a defesa da democracia.
A deputada do BE Marisa Matias lamentou esta quarta-feira a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas, considerando que representa a "vitória da política do ódio, do racismo e da xenofobia"
As eleições norte-americanas decorrem, esta terça-feira, com quase 240 milhões de eleitores registados. Quase 80 milhões aproveitaram a possibilidade de votar antecipadamente e já se deslocaram às urnas durante as últimas semanas. Como funciona, afinal, o complexo sistema eleitoral?
Kamala ou Trump, Trump ou Kamala? Esta é a questão a que os mais de 240 milhões de eleitores registados nos Estados Unidos vão responder, esta terça-feira, nas urnas. Com o país exatamente partido ao meio, como pelo menos espelham as sondagens, a campanha eleitoral acentuou as diferenças em temas como a imigração, as guerras internacionais ou a venda de armas nos EUA.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, foi das primeiras a felicitar formalmente Donald Trump pela sua vitória eleitoral, destacando que a Europa "está pronta" para cooperar na resposta aos "desafios geopolíticos sem precedentes" e para manter "forte o laço transatlântico".
Donald Trump é oficialmente o novo Presidente dos Estados Unidos, avança a Associated Press. O candidato republicano obteve pelo menos 277 votos no colégio eleitoral e garante, assim, o regresso à Casa Branca.
Kamala Harris conta, até ao momento, com 224 votos no colégio eleitoral.
O Presidente da República recorda "três pontos fundamentais" e felicita Donald Trump pelo possível regresso à Casa Branca.
"O primeiro é um ponto histórico: Portugal foi o primeiro país neutral a reconhecer a independência dos EUA; (...) segundo, as relações que mantive com Donald Trump no anterior mandato", enumerou, acrescentando que o terceiro ponto está relacionado com a pandemia.
Para o futuro, Marcelo Rebelo de Sousa espera que a "cooperação seja reforçada e não diminuída" à procura da afirmação da "paz e progresso".
Questionado sobre a possibilidade de estar presente na tomada de posse de Trump, o chefe de Estado disse que "não é tradição" e que uma visita a Washington depende "do que vier a acontecer".
O Presidente da República falava aos jornalistas no Palácio de Belém, após esta quarta-feira de manhã ter publicado no site da presidência uma nota a felicitar Donald Trump.
Donald Trump declara-se vencedor e começa por agradecer a todos os apoiantes presentes em West Palm Beach, na Florida. "Temos milhares de amigos aqui", afirma, sublinhando que estas eleições foram "o maior movimento político de todos os tempos" nos Estados Unidos.
Apesar de se ter declarado vencedor durante o discurso em West Palm Beach, na Florida, ainda há milhares de votos por contar e a vitória do republicano não foi, para já, declarada oficialmente. Faltam três votos no colégio eleitoral para ser confirmado o regresso de Trump à Casa Branca.
Até ao momento, o republicano já garantiu 267 representantes no colégio eleitoral, contra 214 de Kamala. Ainda não foram divulgados os resultados oficiais no Nevada, Arizona, Wisconsin e Michigan. A atual vice-presidente e candidata democrata só conseguiu bater Trump em 17 estados, entre os quais a Califórnia.
No Nevada, os votos estão a ser contados manualmente, depois de terem sido registados problemas técnicos, algo que atrasou o encerramento das mesas de voto.
"[Esse movimento político] vai chegar a um outro nível de importância", diz, sublinhando: "Nunca houve nada assim. Vamos ajudar o nosso país a curar-se. O país precisa de ajuda." "Fizemos história esta noite (...) Vamos tornar a América grande outra vez", acrescenta.
Voltando a uma das mensagens principais da sua campanha, Trump fala da crise na imigração. "Vamos reparar as nossas fronteiras. Vamos consertar tudo no nosso país. E esta noite fizemos história por uma razão. A razão vai ser apenas o facto de termos ultrapassado obstáculos que ninguém pensava serem possíveis e é agora claro que conseguimos a coisa política mais incrível."
Em entrevista à TSF, o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva não antevê "dificuldades de maior" para Portugal na sequência da provável vitória de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos.
Para a União Europeia e para o Reino Unido, o antigo governante para "num revés". "Acentuará o distanciamento dos EUA face ao projeto europeu e a pilares, como a NATO. A relação comercial bilateral sofrerá um abalo", considera.
"Outro dos problemas é a relação com a Rússia. Trump e Putin têm muita coisa em comum. Trump é um admirador de Putin, temo muito pela sorte da Ucrânia e pelas condições para assegurar a paz", sublinha Santos Silva.
Segundo o ex-ministro, a União Europeia tem agora "uma oportunidade para se reforçar a si mesma como um bloco próprio". "Há muita influência de Trump nos países do leste da UE - e não apenas na Hungria. Uma vitória tão clara do trumpismo na América vai dar muita munição à extrema-direita europeia", refere ainda.
Santos Silva sublinha que as relações entre Portugal e os EUA "são de plena harmonia desde o início". "Portugal é um aliado desde sempre dos EUA, independentemente dos governos, houve sempre a preocupação de desenvolver as relações entre os países."
Ainda assim, no plano europeu, o ex-governante argumenta: "Vamos viver de novo um período de dificuldades, como entre 2017 e 2020, a NATO esteve à beira da rutura. A Administração Trump tomou decisões gravosas em termos de tarifas para as exportações europeias, assim como em relação às Nações Unidas."
"Mentiria se dissesse que espero uma coisa mais positiva desta vez, mas são planos diferentes", acrescenta.
Em entrevista à TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, afirma que "Portugal trabalhará com qualquer administração americana". "Os EUA são, para nós, um aliado muito importante no quadro da NATO, das relações económicas, da cultura e da ciência", refere.
"Há que respeitar a decisão absolutamente democrática e soberana do povo norte-americano", diz à TSF Paulo Rangel, sublinhando ainda: "Há que trabalhar com a nova administração assim que assuma funções."
O governante adianta que, num país "com a importância e o impacto" que os EUA têm "no quadro global", os desafios serão "exigentes". Ainda assim, considera que Portugal "está à altura de os enfrentar, com amizade, uma relação institucional e de aliado dos EUA".
"As linhas políticas americanas exigem uma atitude mais proativa. Temos de trabalhar neste novo cenário, porque corresponde à vontade do povo americano", diz, sublinhando que Portugal "trabalha com qualquer administração americana e sempre no sentido mais institucional possível".
"As exigências vão requerer da nossa parte um esforço adicional, encarado com normalidade institucional e democrática", acrescenta, reforçando: "Respeitamos as decisões do povo americano, as relações com os EUA são as melhores possíveis e temos de continuar com esta parceria preferencial, também no quadro da NATO."
Em reação à provável vitória de Donald Trump, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, congratulou o republicano. "Estou empenhado em trabalharmos em colaboração estreita, no espírito da longa e sólida relação entre Portugal e os Estados Unidos, a nível bilateral, da NATO e multilateral", escreveu Montenegro na rede social X.
O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou esta quarta-feira Donald Trump pela vitória nas presidenciais norte-americanas e desejou-lhe felicidades no novo mandato, na afirmação da relação transatlântica, da democracia, direitos humanos e construção da paz.
O republicano é recebido no palco com uma ovação dos apoiantes
Segundo as projeções da Fox News, Donald Trump venceu a corrida à Casa Branca e é o novo Presidente dos Estados Unidos. O republicano terá garantido 277 lugares no colégio eleitoral, mais sete do que seria necessário para ganhar as presidenciais.
O republicano terá vencido quatro dos sete 'swing states': Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin.
Os norte-americanos elegeram, esta terça-feira, a primeira pessoa transgénero para o Congresso dos EUA. A democrata Sarah McBride irá ocupar a única cadeira do estado de Delaware, tendo derrotado o candidato republicano John Whalen III.
Os republicanos recuperaram esta terça-feira o controlo do Senado dos EUA, ao conquistar 51 lugares, numa eleição em que um terço dos 100 senadores foi a votos, em simultâneo com as presidenciais, segundo a imprensa norte-americana.
Nestas eleições, estavam em jogo 34 dos 100 lugares no Senado norte-americano, onde se confirmam os altos cargos do Governo e dos juízes do Supremo Tribunal Federal.
Até agora havia 51 democratas na câmara alta do Congresso dos Estados Unidos, mas o partido perdeu dois lugares.
Após a renúncia de Joe Manchin na Virgínia Ocidental, esse lugar foi recuperado pelo republicano Jim Justice, governador do estado, segundo projeções da agência Associated Press e dos canais ABC, CNN e CBS.
No mesmo sentido, o candidato republicano pelo estado do Ohio, Bernie Moreno, arrebatou um lugar ao Partido Democrata, vencendo as eleições sobre Sherrod Brown, que procurava a reeleição nas urnas, de acordo com a imprensa norte-americana.
O senador independente Bernie Sanders, símbolo do movimento progressista nos Estados Unidos, foi reeleito para um quarto mandato pelo estado de Vermont.
Ao contrário do que se esperava, a vice-presidente Kamala Harris não vai falar esta noite (horário norte-americano). A campanha da democrata refere que a candidata à Presidência só deverá falar durante o dia de quarta-feira "para garantir que cada voto é contado".
O anúncio foi feito após as projeções da imprensa norte-americana que indicam que Donald Trump terá vencido em dois 'swing states': Carolina do Norte e Geórgia.
Donald Trump terá vencido no estado da Pensilvânia, um dos 'swing states', de acordo com as projeções da Fox News. A Pensilvânia tem 19 votos no colégio eleitoral, por isso, será uma das vitórias mais importantes para o republicano esta noite.
Com a vitória nesta região, Trump fica com 267 votos no colégio eleitoral, a apenas três dos 270 necessários para se tornar Presidente e regressar à Casa Branca.
O Partido Republicano terá vencido na Geórgia, um dos 'swing states', segundo várias televisões norte-americanas.
Kamala Harris vence em Washington, o que dá à candidata democrata mais 12 votos no Colégio Eleitoral.
Segundo as projeções da CNN Internacional, Kamala Harris conquista mais um estado, o Havaí.
O Novo México mantém-se democrata, com Kamala Harris a angariar mais cinco votos para o Colégio Eleitoral. A informação é avançada pela AP.
Por esta altura, Trump é declarado vencedor, pela imprensa norte-americana, na Carolina do Norte, um dos sete estados decisivos nesta corrida à Casa Branca.
Idaho dá a vitória a Trump, tal como fez em 2020.
Por sua vez, Califórnia mantém-se democrata, com Kamala Harris a angariar 55 votos para o Colégio Eleitoral.
Tendo em conta os resultados apurados, até ao momento, Donald Trump tem 211 votos dos grandes eleitores, enquanto Kamala Harris conta com 145.
Kamala Harris conquista Oregon, segundo projeções da CNN Internacional.
Segundo a CNN Internacional, Trump conquista Mississípi, Iowa e Kansas.
Nas eleições de 2020, os três estados já tinham as cores republicanas.
As projeções da Associated Press dão a vitória à democrata Kamala Harris nos estados de Illinois, Delaware e Nova Jérsia.
Independentemente dos resultados da corrida à Casa Branca, um assessor da candidata democrata informou a CNN que Harris poderá "muito provavelmente" discursar no Distrito de Colúmbia.
Segundo projeções da CNN Internacional, Trump vence Harris em mais dois estados: Montana e Utah.
Ambos os estados seguem as tendências das eleições presidenciais dos EUA em 2020.
Kamala Harris vence o Colorado, segundo a Associated Press. Joe Biden, em 2020, também tinha conquistado este estado.
O último candidato republicano a ganhar o Colorado foi George W. Bush em 2004.
Donald Trump afirma que, caso vença a Pensilvânia, ganhará "tudo", segundo declarações citadas pela CNN Internacional.
Vamos tornar este país maior do que nunca, mas é preciso permanecer na fila. Não deixem que eles vos travem. [Os eleitores] Têm o direito legal absoluto de votar, porque se vencermos a Pensilvânia, se vencermos a boa e velha Commonwealth, vamos ganhar tudo.
Kamala Harris conquista Rhode Island, segundo projeções da CNN Internacional.
Também nas últimas eleições presidenciais, Joe Biden derrotou Donald Trump neste estado.
Kamala Harris vence em Nova Iorque, um estado tipicamente democrata, segundo a Associated Press.
Nas últimas três eleições presidenciais, incluindo a de hoje, Donald Trump tem lutado para conquistar este estado, mas sem sucesso.
Sem surpresas, Donald Trump está à frente no Texas, Dakota do Sul, Dakota do Norte e Wyoming, segundo as projeções da CNN Internacional. Por sua vez, a sondagem da Associated Press dá a vitória ao republicano no Louisiana. Em 2020, estes estados também se pintaram de vermelho.
Sem fugir à tendência de 2020 e de 2016, Trump volta a vencer no Ohio.
À medida que as urnas vão encerrando, vão sendo conhecidas as primeiras projeções relativas a cada estado.
Segundo a CNN Internacional, Trump vence na Florida, Tennessee, Alabama, Oklahoma e Missouri.
Por sua vez, Harris ganha em Maryland, Distrito de Colúmbia (Washington DC) e Massachusetts. Todos estes estados, em 2020, também se pintaram de azul.
Segundo a CNN Internacional, a Virgínia Ocidental pinta-se com as cores republicanas, tal como aconteceu em 2020.
Sendo assim, o candidato republicano ao Senado e governador do estado, Jim Justice, conquistou o lugar deixado vago pelo senador independente, anteriormente democrata, Joe Manchin.
Segundo as primeiras projeções da CNN Internacional, Trump ganha nos estados do Indiana e do Kentucky.
Por sua vez, Harris vence em Vermont.
Comparando estes dados aos resultados oficiais de 2020, estes estados mantêm a cor política que venceu há quatro anos.
Carolina do Sul e Arkansas dão a vitória ao republicano, segundo as projeções da CNN Internacional.
Algumas assembleias de voto em Indiana e Kentucky encerraram às 18h00 locais (23h00 em Lisboa), as primeiras nas eleições presidenciais norte-americanas, que opõem a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump.
As restantes assembleias de voto nos 50 estados e no Distrito de Colúmbia encerrarão por fases nas próximas sete horas, sendo o Alasca a última, às 21h00 locais (06h00 em Lisboa).
As sondagens refletem uma corrida particularmente renhida entre a candidata democrata presidencial e vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris, e Donald Trump (ex-Presidente, 2016-2020).
Nova Iorque é tradicionalmente um estado azul. Aqui, ninguém duvida da vitória do Partido Democrata, mas a jovem Hope, de 20 anos, fez questão de voltar a casa para votar pela primeira vez, nas eleições presidenciais.
A jovem estuda noutro estado e orgulha-se do autocolante “I voted 2024”, que todos os eleitores recebem depois de exercerem o direito de voto. “Estou muito entusiasmada pela Kamala Harris!”, afirma, garantindo que todos os amigos vão votar na candidata democrata.
Um homem foi detido esta terça-feira no Centro de Visitantes do Capitólio, uma vez que "cheirava a combustível, tinha uma tocha e uma pistola de sinalização". A informação foi avançada pela polícia deste centro legislativo norte-americano.
O suspeito foi detido "durante o processo de triagem regular no centro de visitantes", sendo que ainda não foram divulgadas quaisquer pormenores.
O Centro de Visitantes do Capitólio está, por isso, fechado para visitas durante o dia, enquanto a investigação está em curso.
Vários estados norte-americanos controlados pelos republicanos estão a tentar bloquear a observação eleitoral por parte do Departamento de Justiça nas eleições desta terça-feira, rompendo com uma tradição de décadas, segundo relataram as agências internacionais.
Os procuradores-gerais da Florida, Missouri e Texas apresentaram ações judiciais individuais para impedir a entrada de observadores federais nos seus estados, de acordo com a agência noticiosa espanhola EFE.
Os dois primeiros viram os seus recursos rejeitados pelos tribunais, enquanto no Texas o procurador-geral chegou a um acordo com o Departamento de Justiça para proibir a entrada de observadores nos centros de votação.
"Só o Texas gere as eleições no Texas e não seremos intimidados pelo Departamento de Justiça", escreveu o procurador-geral do estado, o republicano Ken Paxton, num comunicado.
Os observadores devem permanecer fora dos centros de votação e contagem de votos, a uma distância de 30 metros.
No entanto, o eleitor pode falar com os observadores se desejar, de acordo com o texto do acordo firmado entre o governo federal e os executivos estaduais.
O Departamento de Justiça destacou esta terça-feira dezenas de funcionários para 86 jurisdições de 27 estados de todo o país para garantir que o acesso dos cidadãos ao voto é respeitado durante as eleições.
O FBI fez esta terça-feira um alerta para o número de vídeos falsos que estão a circular neste dia de eleições. Há imagens onde se denuncia que reclusos estão a votar - o que não é permitido - e há conteúdos multimédia em que os cidadãos são aconselhados a não votarem por existirem ameaças terroristas.
Esta tarde, o secretário de estado da Georgia denunciou também a existência de ameaças de bomba feitas contra várias assembleias de voto e que levaram mesmo à interrupção da votação. Em conferência de imprensa, Brad Raffensperger disse que as ameaças vieram da Rússia e tinham por objetivo desestabilizar a América e impedir que as eleições decorram de forma tranquila.
A candidata presidencial norte-americana democrata, Kamala Harris, instou esta terça-feira os norte-americanos a "saírem para ir votar", neste dia de eleições presidenciais nos Estados Unidos, numa emissão de uma rádio local na Georgia, um estado fundamental.
"Encorajo todos a saírem para ir votar", declarou a atual vice-presidente norte-americana, cujo adversário republicano na corrida presidencial é o ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
Harris sublinhou que este ato eleitoral é um "ponto de viragem", insistindo no facto de haver duas "visões muito diferentes do futuro da nação" propostas.
As ações de campanha de Kamala Harris e Donald Trump concentraram nas últimas semanas duas Américas aparentemente irreconciliáveis, cada lado convencido de que o outro conduzirá o país ao desastre.
A ex-procuradora e senadora democrata da Califórnia de 60 anos, que poderá tornar-se a primeira mulher a liderar a principal potência mundial, descreveu o adversário republicano como "um fascista", ao passo que o ex-magnata do imobiliário repetiu várias vezes que ela é "burra como uma porta" e que irá "destruir" o país.
A professora de criminologia Maria João Lobo Antunes, cidadã norte-americana confessa, em declarações à TSF, sentir um "nervoso miudinho" com o resultado das eleições nos EUA.
O candidato às eleições presidenciais norte-americanas Donald Trump já votou esta terça-feira e afirma estar "confiante" no resultado, até porque vê "mais republicanos a votar do que democratas".
Questionado ainda sobre se terá pedido aos seus eleitores que mantenham a calma, Donald Trump considera que os seus "apoiantes não são violentes".
"Eu não tenho de lhes dizer isso e com certeza que não quero nenhuma violência, mas com certeza que eu não tenho de lhes dizer isso. Estas são pessoas que não acreditam na violência", assegura.
O candidato diz ainda que tem uma "vantagem substancial" sobre Kamala Harris. Trump garante ainda que aceitará a sua derrota contra a rival democrata "se a eleição for justa".
"Se perder uma eleição, e se a eleição for justa, serei o primeiro a reconhecê-lo. Até agora, parece que está a ser justa", disse Trump, quando votava hoje num recinto eleitoral de Palm Beach, Florida, onde tem residência, mostrando-se confiante de que "esta noite vai ser uma grande festa".
O ex-presidente republicano, que por diversas ocasiões tem levantado a possibilidade de uma fraude eleitoral, votou ao lado da sua mulher, Melania Trump, no Mandel Recreation Center, em Palm Beach.
"Estamos muito bem na Georgia e em todo o lado", disse Trump aos meios de comunicação social.
O candidato do Partido Republicano mostrou-se "muito confiante" na sua vitória, antecipando que não será por uma margem muito estreita, comentando que esta foi a melhor das três campanhas eleitorais que realizou.
No entanto, Trump queixou-se da provável demora e espera na contagem dos resultados eleitorais, deixando algumas críticas ao modelo de urnas eletrónicas.
As sondagens refletem uma corrida particularmente apertada entre Harris e o republicano Donald Trump. A nível nacional, Harris tem uma vantagem de pouco mais de um ponto percentual, com 48% de apoio contra 46,8% do antigo presidente, de acordo com a média das sondagens do site 'FiveThirtyEight'.
Cerca de 240 milhões de pessoas estão aptas a votar nas eleições de hoje nos EUA, que vão determinar quem será o 47.º Presidente da história norte-americana.
O candidato a vice-presidente do Donald Trump, JD Vance, já votou nas eleições presidenciais norte-americanas, no estado de Ohio, e mostrou-se "otimista" em relação ao resultado.
"Estou otimista. Só no fim é que sabemos, mas estou otimista quanto a esta eleição, tal como aconteceu há alguns anos, quando votei exatamente neste local. Espero que nos corra tão bem - ao 'presidente' Trump e a mim - como me correu nesta altura aqui, em Ohio", disse.
O candidato presidencial republicano, Donald Trump, nomeou Vance, senador pelo Ohio desde janeiro de 2023, como seu companheiro de candidatura em meados de julho.
O também ex-Presidente recorreu assim a um senador com quem partilha o perfil de político populista.
Ao longo da campanha, Vance esteve envolvido em várias polémicas, por exemplo, após algumas declarações conservadoras em que criticava as mulheres sem filhos.
No último dia de campanha eleitoral nos EUA, Kamala Harris apelou à vitória e à viragem de uma página. “Temos nestas eleições a oportunidade de finalmente virar a página de uma década de política que tem sido impulsionada pelo medo e pela divisão. Terminemos com isso. Estamos fartos. Estamos exaustos”, atirou.
A democrata considera que “a América está pronta para um novo começo”. “Prontos para um novo caminho a seguir, onde vemos os nossos compatriotas americanos não como um inimigo, mas como um vizinho. E estamos prontos para um Presidente que saiba que a verdadeira medida de um líder não se baseia em quem se derrota, mas em quem se eleva”, sublinhou.
No dia decisivo das eleições norte-americanas, os voluntários esgotam os últimos cartuchos para convencer os votantes a dirigirem-se às assembleias de voto.
Ao contrário do que acontece em Portugal, as regras, nos EUA, permitem que o apelo ao voto continue mesmo no dia do escrutínio. Além das chamadas telefónicas e dos contactos porta-a-porta, os partidos organizam boleias para levar os eleitores aos locais de voto.
A vice-presidente Kamala Harris e a sua campanha assistirão aos momentos finais das eleições, esta terça-feira, no campus da Howard University, na zona noroeste de Washington D.C.
Harris, antiga aluna de Howard, sempre elogiou a universidade historicamente negra e fez várias visitas a eventos escolares durante o seu mandato como vice-presidente. Se for eleita, tornar-se-á a primeira Presidente a formar-se numa faculdade e universidade historicamente negra, entre muitas outras históricas: primeira mulher, primeira mulher negra, primeira descendente de imigrantes do sueste asiático.
A candidata democrata está em Washington, mas com os olhos e ouvidos na Pensilvânia. Nenhum democrata ganha uma eleição presidencial sem ganhar a Pensilvânia desde 1948. Foi aqui que tanto ela como Donald Trump apostaram todas as fichas. Somadas as aparições públicas dos candidatos e dos candidatos a vice-presidente, Trump e J. D. Vance, que prometem ‘retribuição’ aos inimigos, uma “nova era de poder para os cristãos”, bem como deportar milhões de imigrantes, estiveram na Pensilvânia 36 vezes, em campanha, Kamala Harris e Tim Walz 41 vezes.
Preocupação e esperança, receios de violência e uma sensação de incerteza pairam no ar. Com os procedimentos eleitorais a variarem consoante os estados, mas particularmente por causa dos processos de contagem na Pensilvânia, no Michigan e no condado de Maricopa no Arizona, o mais provável é que não se saiba hoje quem vai ser presidente. Washington acordou com bom tempo, ótimo para ir votar. Antecipadamente, 79 milhões já o fizeram em todo o país.
Chegou o dia decisivo para os Estados Unidos. Os norte-americanos preparam-se para eleger o próximo Presidente, sendo que as sondagens mostram uma eleição renhida entre Kamala Harris e Donald Trump. O tema subiu a debate no Fórum TSF.
Não terá qualquer influência no resultado das eleições norte-americanas, mas o conhecido Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova Iorque, tem, por estes dias, um ciclo dedicado à “revolução em curso no cinema português”.
A iniciativa celebra os 50 anos do 25 de Abril e coincide com as eleições presidenciais nos EUA, uma vez que decorre até dia 17 de Novembro.
Paulo Sande, advogado e especialista em assuntos europeus, faz uma análise daquilo que a Europa pode esperar destas eleições nos Estados Unidos, caso vença Trump ou Kamala. Para o advogado, esta votação pode significar "muita coisa" para a Europa e o mundo.
"A Europa sustém a respiração", considera.
O comentador de assuntos internacionais da TSF Germano Almeida considera que estas eleições norte-americanas "são absolutamente imprevisíveis, com dois desfechos possíveis e dois destinos bastante diferentes para os EUA".
A repórter TSF Cristina Lai Men acompanhou a campanha eleitoral em vários estados norte-americanos. Ouça aqui o balanço feito pela Enviada Especial TSF aos Estados Unidos.
Donald Trump acabou a campanha eleitoral no estado do Michigan, num comício onde referiu que os adversários democratas são pessoas “doentes e horríveis”.
“Esse é um problema para o nosso país, são pessoas más e doentes. Fizeram dois impeachments e desperdiçaram todo esse tempo, dinheiro e energia, quando devíamos estar focados em tornar a América grande outra vez. São pessoas horríveis”, afirmou.
A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, e o rival republicano, Donald Trump, empataram em Dixville Notch, historicamente a primeira localidade do país a votar no dia das eleições.
Os seis eleitores de Dixville Notch, no estado de New Hampshire (nordeste dos EUA), votaram à meia-noite (05h00 em Lisboa) e não demorou muito até serem conhecidos os resultados: três votos para o ex-presidente e três para a vice-Presidente.
Este empate parece corroborar as sondagens que mostram resultados muito próximos nos estados mais importantes destas eleições.
Os norte-americanos escolhem esta terça-feira o futuro Presidente dos Estados Unidos, em ambiente de grande tensão e incerteza e com a forte probabilidade de não haver um resultado final nas próximas horas.
Ao longo dos últimos meses, ambos os partidos (mas especialmente o Partido Republicano) contrataram dezenas de escritórios de advogados para as prováveis litigâncias sobre elegibilidade de votos e pedidos de recontagem, sobretudo nos estados cruciais que podem decidir o resultado final.
As eleições norte-americanas decorrem, esta terça-feira, com quase 240 milhões de eleitores registados. Quase 80 milhões aproveitaram a possibilidade de votar antecipadamente e já se deslocaram às urnas durante as últimas semanas. Como funciona, afinal, o complexo sistema eleitoral?
Kamala ou Trump, Trump ou Kamala? Esta é a questão a que os mais de 240 milhões de eleitores registados nos Estados Unidos vão responder, esta terça-feira, nas urnas. Com o país exatamente partido ao meio, como pelo menos espelham as sondagens, a campanha eleitoral acentuou as diferenças em temas como a imigração, as guerras internacionais ou a venda de armas nos EUA. Vamos conhecer as principais promessas de democratas e republicanos.
O investigador do ISCTE e, este ano, investigador convidado da Universidade de Georgetown, em Washington, não tem dúvidas sobre o significado, nomeadamente para a Europa, daquilo que está em causa nestas eleições nos EUA.
"É para mim é bastante evidente como historiador e, até como historiador também muito interessado na história americana, que é a eleição mais importante na história norte-americana que eu tenho memória, ou seja, do meu ponto de vista, é a eleição mais importante, provavelmente desde a Segunda Guerra Mundial, quer em termos de política interna, quer em termos de política externa", afirma Bruno Cardoso Reis.
