
O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko
Ilya Pitalev/Sputnik/AFP (arquivo)
Minsk alerta que, a menos que se escute "a voz da razão", a iniciativa do grupo liderado por Prigozhin pode "acabar em catástrofe".
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A Bielorrússia considerou este sábado a rebelião do grupo Wagner na Rússia como "um presente para o Ocidente", alertando para "uma catástrofe", após o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, ter conferenciado com os seus homólogos bielorrusso, uzbeque, cazaque e turco.
"Qualquer provocação, qualquer conflito interno nas fileiras militares ou políticas, no campo da informação ou da sociedade civil, é um presente para o Ocidente", declarou o Conselho de Segurança Nacional da Bielorrússia, citado num comunicado divulgado pela diplomacia daquela nação aliada da Rússia.
Minsk acrescentou que a insurreição do grupo paramilitar privado russo "pode acabar em catástrofe", apelando para que se escute "a voz da razão".
Antes do comunicado da diplomacia bielorrussa, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, adiantou que Vladimir Putin "informou os seus aliados sobre a situação".
O líder russo falou por telefone com os presidentes da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, do Uzbequistão, Shavkat Mirziyóyev, do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokáyev, e da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
Putin qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".