Bill Drayton foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias da Cooperação 2011, atribuído pelo júri reunido em Oviedo, Espanha. Jorge Sampaio era um dos três finalistas.
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O ex-presidente português contava com o apoio de Francisco Pinto Balsemão, um dos membros do júri, mas o fundador da Ashoka, a maior associação de empreendedores sociais do mundo, acabou por ser o vencedor.
Drayton, que fundou em 1981 a Ashoka, foi reconhecido, segundo a acta do júri, citada pela Lusa, «pelo seu papel fundamental no desenvolvimento do empreendedor social como motor para a transformação social e económica dos países».
A sua entidade «proporcionou financiamento e serviços de apoio profissional a mais de 3000 líderes empreendedores sociais em mais de 70 nações», recorda a acta.
«Bill Drayton apoia fundamentalmente as pessoas tendo criado o termo "empreendedor social" para descrever aqueles que combinam os métodos pragmáticos e orientados a resultados de um empresário com os objectivos de um reformador social», explica, referindo-se ao autor da frase «todos podemos mudar o mundo».
O júri destacou, especialmente, a novidade que representou «aplicar critérios de sustentabilidade económica a projectos para promover a mudança social desenhados por jovens empreendedores criativos».
A Ashoka caracteriza-se por «um rigoroso processo de selecção para eleger estes empreendedores sociais» através do «exame exaustivo dos seus projectos de inovação e mudança, o seu potencial impacto na sociedade e a sua motivação e carácter ético».
O Prémio da Cooperação, dotado com 50 mil euros, é o sexto da 31ª edição dos Prémios Príncipe das Astúrias.