Em declarações à BBC, o diplomata argelino, que substituiu Kofi Annan, reconheceu que assume a missão na Síria «sem ilusões de que vai ser fácil».
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O novo enviado da ONU e da Liga Árabe para a Síria admitiu que tem uma missão praticamente impossível perante a escalada de violência no país.
Em declarações à BBC, Lakhdar Brahimi explicou que assume esta missão de «olhos bem abertos e sem ilusões de que vai ser fácil», muito embora tenha reconhecido que «nenhuma missão da ONU é simples» e que todas estas são um «dever».
O diplomata argelino de 78 anos explicou ainda que aceitou esta missão depois de algumas conversas com o seu antecessor, Kofi Annan.
«Suponho que deve ser difícil, porque Kofi assim o diz, por isso, deve ser de certeza uma missão muito, muito difícil», acrescentou Brahimi.
O diplomata considerou que entre as dificuldades estão o facto de haver um regime intransigente, mas também um Conselho de Segurança paralisado pelos votos da China e da Rússia e a distância que é preciso face aos rebeldes sírios.
Brahimi, que disse estar «assustado com o peso da responsabilidade» que tem de arcar, adiantou que vai encontrar-se mais algumas vezes com Kofi Annan numa altura em que tens ideias sobre o que fazer, mais ainda não um plano.