Máscaras FFP2 têm de respeitar uma norma que obriga a um grau de proteção mais eficaz, devendo garantir uma filtragem "superior a 94%" e que a fuga para o interior "não excede os 8%".
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A comissária da Saúde, Stella Kyriakides aconselhou esta quarta-feira o uso de máscaras "a todos", sem assumir uma posição sobre as proteções FFP2, limitando-se a dizer que o Centro Europeu de Controlo de Doenças (ECDC) não as recomenda.
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Bruxelas já abordou o tema com o técnicos do ECDC, na reunião que realizam "semanalmente, desde o início da pandemia", sem que tenha sido adotada uma posição decisiva de combate à pandemia.
"O ECDC diz que as evidências - de momento - não são fortes para que seja necessário fazer a recomendação para uso na comunidade", das máscaras FFP2, revelou a comissária que "por coincidência", usava uma das proteções que estão agora no centro do novo debate sobre o uso de máscaras.
"Estou a usar uma máscara FFP2 hoje, por coincidência", comentou a comissária, quando se preparava para dar conta das conclusões dos técnicos do ECDC, na sequência de uma pergunta sobre o tema.
Recorde-se que no início da pandemia, o debate era sobre a simples recomendação de mascaras faciais, tendo adensado uma polémica que opunha estruturas oficiais com crédito firmado a especialistas defensores do uso generalizado de máscaras.
As máscaras FFP2 têm de respeitar uma norma que obriga a um grau de proteção mais eficaz, devendo garantir uma filtragem "superior a 94%" e a fuga para o interior "não excede os 8%".
Porém, a eventual recomendação generalizada tem sido vista com reserva pela indústria têxtil e do vestuário, nomeadamente em Portugal, onde 10 a 15 mil postos de trabalho poderiam ser afetados, de acordo com as estimativas do setor, responsável pela produção das chamadas "mascaras comunitárias".
Sem o suporte do organismo creditado para emitir a recomendação, a a Comissão Europeia não adopta uma posição e a comissária Kyriakides recorre ao aviso que repete "desde o início" da pandemia.
"O que aconselharíamos é o que dizemos desde o início, é que precisamos incentivar a todos a usarem máscaras e a coloca-las corretamente, mantendo o distanciamento social", afirmou a comissária, reflectindo sobre a posição do ECDC que "por enquanto", não recomenda a máscara FFP2, "de acordo com as evidências que eles possuem".
"Na Organização Mundial de Saúde a orientação que diz que o público em geral deve usar uma máscara não-médica em ambientes internos ou externos", lembrou a comissária.
A pandemia de Covid-19 fez, pelo menos, 2.253.813 mortos no mundo desde que a doença foi detetada em dezembro de 2019 na China, segundo o balanço da France Presse com base em dados oficiais até às 11:00 de hoje.
Desde o início da pandemia mais de 103.827.020 de infeções foram oficialmente diagnosticadas sendo que, desse total, 63.195.000 pessoas foram consideradas curadas.
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