Com uma proposta que ainda não é conhecida pelos líderes europeus, reina a incerteza em torno do desfecho da cimeira.
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A chanceler alemã Angela Merkel, promete fazer tudo para que se consiga um entendimento, mas não dá garantias.
«Reunimo-nos para tentar um acordo. Se isso vai acontecer ainda não há certeza. Ainda há opiniões diferentes. Eu digo que devemos fazer de tudo para chegar a um acordo. A instabilidade financeira torna o planeamento muito importante. Não posso dizer se chegaremos a uma posição comum ou se teremos de andar a discutir o assunto em reuniões anuais.Espero que se produza um resultado comum», afirmou.
Há posições divergentes e o britânco David Cameron é dos que exigem um orçamento austero.
«O que estamos a falar aqui é daquilo que será permitido à união europeia gastar nos próximos sete anos. E, francamente, a União Europeia não deverá estar imune à pressão que nós tivemos para reduzir gastos e encontrar mais eficiencia e assegurarmo-nos que de forma mais sábia. Temos de fazer isso em toda a Europa», disse.
A Itália de Mario Monti também não está interessada em contribuir mais, mas espera um orçamento equilibrado.
«Estamos muito interessados na qualidade dos resultados em termos de crescimento e equidade e justiça entre os Estados», sublinhou.
O grego Antonis Samaras resume a expectativa dos "Amigos da Coesão" a propósito do orçamento comunitário.
«É uma chave para o sucesso, porque precisamos recuperação e crescimento», realçou.
O presidente francês, François Hollande, espera que o orçamento não sacrifique os o pilares da construção europeia.
«Se a Europa deverá a procurar um acordo a todo custo margem da sua política comum, haveria agricultura, crescimento? Eu não estarei de acordo», disse.
É num ambiente de incerteza que os líderes europeus se preparam para conhecer o documento que foi elaborada por Herman Van Rompuy, o qual elegeu o combate ao desemprego jovem como principal bandeira desta proposta.