Em Bruxelas, os 27 vão hoje conhecer a proposta de orçamento para os próximos seis anos. Portugal vai tentar atenuar as perdas, nomeadamente nas transferências para o desenvolvimento rural.
Corpo do artigo
Portugal e o chamado Grupo dos Amigos da Coesão vão tentar hoje atenuar a perda de transferências comunitárias que se advinha. Será esse o esforço a fazer na Cimeira Europeia que hoje arranca em Bruxelas.
Os países da União Europeia (UE) vão discutir o quadro financeiro plurianual que vai vigorar entre 2014 e 2020, e sendo certo que vai haver menos dinheiro disponível, agora o ponto será limitar os cortes previstos.
Com uma proposta que a poucas horas do arranque a Cimeira é uma incógnita para as 27 delegações, Herman Van Rompuy espera conseguir a aprovação dos líderes europeus para o próximo orçamento comunitário.
A intenção de aplicar cortes aos quais Portugal não vai escapar é já uma certeza, mas os montantes que constam nesse documento ainda não foram dados a conhecer.
Fontes contactadas pela TSF admitem que Portugal possa perder entre 10 a 11 por cento em relação ao quadro financeiro anterior, muito à custa de cortes da ordem dos 25%, nas verbas que são destinadas ao desenvolvimento rural.
Ao que a TSF conseguiu apurar junto de fontes comunitárias a proposta, com a quantificação dos cortes só será distribuída aos 27, uma hora antes do arranque da cimeira.
Os peritos dos vários países enfrentam desde já um "um problema", com a estratégia escolhida pelo presidente do Conselho Europeu para reunir o consenso, a deixar muito pouco tempo disponível para analisar a complexidade dos números que estão em causa.
Portugal espera que a proposta seja melhorada no dossier do desenvolvimento rural e olha com grande expectativa em relação ao cheque de 1000 milhões de euros proposto por Herman Van Rompuy, e para o qual o Governo espera assegurar poder de decisão em relação às regiões do país a que poderão receber parte deste montante.