O Governo de Cabo Verde emitiu hoje uma «declaração de contingência», temporalmente indefinida, que abrange as ilhas cabo-verdianas do Fogo e Brava, na sequência do vulcão que entrou hoje em erupção em Chã das Caldeiras.
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Num comunicado, o Ministério da Administração Interna (MAI) cabo-verdiano considera que a erupção vulcânica, iniciada às 09:45 de hoje e cuja atividade sísmica que a antecedeu começou às últimas horas de sábado, é um «acontecimento que consubstancia um acidente grave».
É «mensurável na escala 5 (está atualmente na fase 3), cujo grau de perigosidade é suscetível de provocar elevados prejuízos materiais e vítimas, afetando intensamente as condições de vida e o tecido socioeconómico dos municípios da ilha do Fogo e da Brava e consequentemente do país», lê-se no documento.
«O MAI, após contactos prévios e a audição dos respetivos presidentes das câmaras municipais da ilha, vem pela presente, ao abrigo do disposto do número 2, do artigo 17 da Lei de Bases da Proteção Civil, Lei n.º 12/VIII/12 de 7 de março, declarar situação de contingência por força da erupção vulcânica em atividade em Cabo Verde», decreta.
O «âmbito material e territorial» da declaração de contingência circunscreve-se aos municípios das ilhas do Fogo e da Brava, onde já foram acionados os «procedimentos adequados à coordenação técnica e operacional» dos serviços e agentes da proteção civil, bem como dos recursos a utilizar.
O «âmbito temporal» é «neste momento, indefinido», até se conhecer dados mais precisos sobre o fenómeno.
A coordenação e o controlo dos meios e recursos disponíveis e a disponibilizar estão a ser exercidos pelo MAI, através do Serviço Nacional de Proteção Civil" cabo-verdiano, acrescenta-se no documento.
O MAI, que não faz qualquer referência a quaisquer vítimas ou danos materiais, solicita ainda uma «colaboração especial» dos meios de comunicação social para que se obtenha a «melhor divulgação possível das informações relevantes sobre a erupção, as medidas de contingência e suas consequências».
Na declaração, o MAI garante que, na sequência da declaração de contingencia já foram e estão a ser mobilizados os meios disponíveis e não disponíveis no âmbito municipal, com vista à tomada de um naipe de medidas preventivas, que incluem a evacuação das respetivas populações.