Os helicópteros continuaram a trabalhar durante a noite. As autoridades francesas não dão tréguas na operação de busca dos dois supeitos do atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo. Os irmãos Kouachi continuam a monte.
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Equipados com câmaras térmicas, os helicópteros vigiaram uma zona de floresta, em Villers-Cotterêts, a cerca de 70 quilómetros a Norte de Paris. Foi sobretudo uma operação de vigilância, sendo as buscas retomadas com o nascer do dia.
Os irmãos Kouachi continuam a monte, depois da polícia ter passado ontem, a pente fino, uma área de cerca de 20 quilómetros quadrados, incluindo buscas porta-a-porta e junto à estação de serviço onde os irmãos foram vistos.
Os Estados Unidos confirmaram entretanto, que Said e Cherif Kouachi faziam parte, há anos, de uma lista de suspeitos de terrorismo. Estavam mesmo proibidos de entrar no país.
Um responsável norte-americano confirmou também que Said recebeu treino com armas de combate, com a Al-Qaeda, no Iémen, em 2011.
Durante a noite, Barack Obama juntou-se à onda de solidariedade ao Charlie Hebdo. O presidente norte-americano visitou a embaixada francesa em Washington, onde escreveu no livro de condolências "Vive la France".
Nas mesquitas em França, espera-se que esta sexta-feira, dia de oração para os muçulmanos, os líderes da comunidade condenem a violência e o terrorismo.
Também hoje, François Hollande recebe no Eliseu, os líderes da extrema direita, Marine Le Pen, da extrema esquerda, Jean Luc Melenchon e o centrista François Bayrou. São encontros para tentar reafirmar a unidade do país, depois do ataque da passada quarta-feira.