Os 30 dias de campanha eleitoral, que hoje terminam, foram marcados pelo domínio do MPLA, partido do poder de Eduardo dos Santos, e pelas acusações de fraude por parte da UNITA.
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A dinâmica do MPLA, que governa Angola desde a independência, em 1975, confundiu-se com a governação do país e beneficiou, de forma evidente, de parcialidade na cobertura da imprensa estatal.
As inaugurações, agendadas convenientemente para este mês, foram um complemento da campanha eleitoral propriamente dita, com os partidos mais importantes da oposição, como a UNITA, PRS e CASA-CE a questionarem a equidade de tratamento e a parcialidade informativa.
Outra diferença entre o MPLA e as demais oito forças concorrentes foi visível nos tempos de antena na televisão pública, com o partido no poder a apresentar uma produção cuidada e apelativa.
Nas primeiras duas semanas de campanha, além da presença constante no terreno, com múltiplas atividades envolvendo todos os quadros do partido, do lado da oposição destacou-se a acusação à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de preparação de fraudes no escrutínio.