Segundo avança a Sky News, um grupo de mais de 50 empresários britânicos está a preparar-se para publicar uma carta em que pede um segundo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia. Alertam para as consequências económicas do Brexit.
Corpo do artigo
São mais de 50 empresários incomodados com a forma como está a ser conduzido o processo, mas sobretudo insatisfeitos com as possíveis consequências da saída do Reino Unido da União Europeia.
Numa carta que deve ser divulgada este domingo no jornal Sunday Times, o grupo de empresários - que pede um novo referendo - alerta para os prejuízos económicos causados por uma saída "às cegas" ou por via daquilo que entendem ser um "Brexit destrutivo".
Na mesma carta, subscrita, na grande maioria, por fundadores e presidentes empresas privadas, os empresários assinalam ainda que a saída do Reino Unido da União Europeia poderá significar um verdadeiro "cataclismo" para a economia britânica.
Segundo avança a Sky News, o impulsionador da carta é Roland Rudd, o homem por detrás da campanha "People's Vote' - que reivindica um voto popular sobre o resultado das negociações para o Brexit - e irmão da antiga ministra do Interior, Amber Rudd, que saiu do Governo na sequência de um escândalo relacionado com os direitos dos imigrantes no Reino Unido.
Entre os signatários desta carta estão figuras como James Daunt, diretor executivo da rede de livrarias Waterstones; Justin King, antigo chefe-executivo da Sainsbury's, uma das maiores cadeias de supermercados no Reino Unido; ou Martha Lane-Fox, cofundadora do Lastminute.com e membro do conselho de administração da Marks & Spencer, considerada a maior empresa do setor retalhista britânico.
O Reino Unido deverá sair da União Europeia a 29 de março de 2019, mas ainda não há acordo com Bruxelas. Esta semana, o negociador britânico para o Brexit, Dominic Raab, disse esperar alcançar um 'bom acordo até ao dia 21 de novembro.
Este domingo, primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, alertou que o Brexit está a "desgastar" a relação entre a Irlanda e o Reino Unido, considerando que prejudica o acordo de paz assinado em 1998 e que colocou um ponto final no conflito entre republicanos e unionistas, que defendem a Irlanda do Norte como parte do Reino Unido.