A polícia espanhola deteve vários manifestantes perto de locais de voto no referendo independentista, proibido pelo Tribunal Constitucional. A resistência é pacífica, há filas nos colégios de votação.
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As autoridades espanholas -- Polícia Nacional, Guardia Civil e parte da polícia regional ('Mossos d'Esquadra) -- entraram em dezenas de locais de voto e apreenderam material eleitoral (urnas, boletins e listas de eleitores) tendo detido os manifestantes que os tentaram executar as ordens do governo de Madrid.
Segundo a Polícia Nacional foram detidos manifestantes que tentaram impedir a ação das autoridades. Na ação, a polícia impediu o voto de "centenas de pessoas".
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Testemunhas falam de confrontos e de agressões por parte das autoridades espanholas.
Os Mossos d'Esquadra fecharam mais de 90 colégios eleitorais em toda a Catalunha, para onde também foi destacada a Guardia Civil e a Polícia Nacional para impedir que estes pontos de votação abram para o referendo sobre a independência.
Segundo disseram à Efe fontes policiais, pouco antes das 09:00 da manhã locais (08:00 em Lisboa), a hora prevista para o início das votações, os Mossos d'Esquadra apreenderam várias cédulas e conseguiram encerrar cerca de 90 colégios eleitorais.
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A Polícia Nacional e a Guardia Civil também mobilizaram agentes para vários colégios eleitorais da Catalunha para travar o referendo de hoje, o que gerou momentos de tensão e alguns conflitos com as pessoas concentradas naqueles locais.
Centenas de eleitores, na sua esmagadora maioria pró-independência, começaram a formar filas em frente dos colégios eleitorais ainda de madrugada para evitar que estes fossem fechados pela polícia.
O Tribunal Constitucional espanhol suspendeu, no início de setembro, como medida cautelar, todas as leis regionais aprovadas pelo parlamento e pelo Governo da Catalunha que davam cobertura legal ao referendo de autodeterminação convocado para hoje.