Os Estados Unidos anunciaram hoje que retiraram com a ONU cidadãos norte-americanos e outros estrangeiros da cidade de Bor, Sudão do Sul, onde uma operação similar foi anulada no sábado quando os aparelhos foram alvejados por forças rebeldes.
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Nesta missão, organizada «em ligação com o Governo sul-sudanês», os Estados Unidos «tomaram as medidas para assegurar que as fações em conflito estivessem informadas de que os voos faziam parte de um missão humanitária», precisou em comunicado o departamento de Estado.
No sábado, quatro soldados ficaram feridos num ataque contra três aparelhos militares norte-americanos durante uma operação de resgate fracassada em Bor.
Os norte-americanos e outros cidadãos estrangeiros retirados hoje da região de Bor foram transportados para a capital Juba, assolada por um conflito entre os homens do ex-vice-presidente, Riek Machar, e os apoiantes do presidente Salva Kiir.
«O Governo americano fez todo o possível para garantir a segurança dos americanos no Sudão do Sul», prossegue o comunicado. «Até ao momento, retirámos em direção a Nairobi cerca de 380 funcionários e simples cidadãos norte-americanos e cerca de 300 cidadãos de outros países e para outros países», acrescentou a nota do departamento de Estado. «Outros americanos conseguiram deixar o país por outros meios».
OS EUA já tinham retirado esta semana cerca de 300 dos seus cidadãos do Sudão do Sul e praticamente encerraram a sua embaixada em Juba.
Numa referência ao regime do presidente Salva Kiir, o Presidente Barack Obama sublinhou no sábado, após ter tomado conhecimento do incidente no Havai, «que os dirigentes do Sudão do Sul têm como responsabilidade apoiar os nossos esforços em matéria de segurança do pessoal [militar] e dos cidadãos americanos em Juba e Bor».
Obama, que na quinta-feira preveniu que o Sudão do Sul estava «à beira do precipício», também sublinhou então a «necessidade de contribuir para resolver, através do diálogo, os diferendos» num país onde a população está dividida entre diversas etnias.