Inicialmente estava prevista uma tiragem de 3 milhões, mas após ter esgotado esta manhã, terá edição extra de mais dois milhões. Na edição de hoje Maome só aparece na capa, mas nas páginas do Charlie Hebdo, há cartoons do Papa Francisco e de lideres de várias religiões.
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O jornal Liberátion conta que em 10 minutos a edição de hoje esgotou.Este diário francês esteve na abertura dos quiosques e o jornalista testemunhou que em menos de dez minutos tudo foi vendido.
O dia está a começar mas já há vários quiosques, sobretudo nas estações de metro, com o aviso «Charlie Hebdo está esgotado, talvez amanhã...».
Um dos jornalistas do semanário já agradeceu o facto dos franceses terem esgotado a edição, que excecionalmente estará à venda durante as próximas duas semanas.
Este vídeo da televisão francesa iTELE mostra as imagens que preenchem a edição de hoje do Charlie Hebdo.
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A edição que hoje está nas bancas foi publicada em mais de 20 países, será traduzida em inglês, espanhol e árabe na versão digital e em italiano e turco na versão em papel.
O aumento da tiragem deve-se ao facto de a distribuidora, MLP (Messageries Lyonnaises de Presse), ter recebido grandes encomendas, não só de França mas também do estrangeiro, depois do atentado de quarta-feira passada à redação do semanário.
As anteriores edições do Charlie Hebdo tinham uma tiragem de 60 mil exemplares, metade dos quais era vendidos em banca.
A edição que sai hoje para as ruas foi preparada pelos sobreviventes do ataque terrorista traz na capa uma caricatura de Maomé, de lágrima no olho, segurando um papel com a frase 'Je suis Charlie', igual às utilizadas por milhões de pessoas que se manifestaram em defesa da liberdade de expressão, sob o título "Tudo está perdoado".
Os escritórios do semanário no centro de Paris foram atacados na quarta-feira pelos irmãos Said e Cherif Kouachi, dois 'jihadistas' franceses que mataram 12 pessoas, como vingança contra a publicação de 'cartoons' de Maomé.
Os dois irmãos foram mortos pela polícia dois dias depois nos arredores da capital francesa.
Os atacantes disseram ter "vingado o profeta" Maomé, caricaturado em diversas ocasiões no jornal satírico.