A Al-Qaeda no Iémen reivindicou hoje, num vídeo divulgado 'online', o atentado terrorista da semana passada, em que morreram 12 pessoas na redação do semanário satírico francês Charlie Hebdo, em Paris.
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«Heróis foram recrutados e atuaram», declarou no vídeo, publicado num 'site' islamita, um dos dirigentes da Al-Qaeda na península arábica, Nasser Ben Ali al-Anassi.
Num vídeo de 11 minutos, um dos lideres da Al-Qaeda na Península Arábica explica que o massacre foi uma vingança em nome do profeta Maomé e avisa para mais tragédias e terror em França, um país que classifica como fazendo parte «do partido de Satanás».
Nasr al-Ansi, o líder radical que aparece no vídeo, diz ainda que foi a Al-Qaeda no Iémen que escolheu o alvo, traçou o plano e financiou a operação de ataque ao Charlie Hebdo.
«Queremos dizer à nação muçulmana que fomos nós que escolhemos o alvo, financiámos a operação e recrutámos o seu líder. A operação foi realizada sob a ordem do nosso emir general Ayman al-Zawahiri e em conformidade à vontade póstuma de Usama bin Laden», acrescentou.
O texto lido intitulava-se: "vingança para o profeta de Alá: mensagem a propósito do ataque abençoado de Paris".
Num vídeo difundido na sexta-feira, um responsável religioso da Al-Qaida na península arábica ameaçou a França com novos ataques.
«Não estareis em segurança enquanto combaterdes Alá, o seu mensageiro e os fiéis», declarou nesta mensagem Harith al-Nadhari, uma autoridade em matéria da 'sharia', a lei islâmica, na AQPA.