O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, assegurou quinta-feira, que o presidente Hugo Chávez, que está em Havana a recuperar de uma operação realizada em 11 de dezembro, vai regressar «mais cedo que tarde», noticia a Efe.
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«Mais cedo que tarde, vamos ver o comandante Hugo Chávez aqui na sua pátria, aqui connosco», afirmou Maduro, durante uma cerimónia em Caracas, com outros membros do seu governo, ao regressar de Cuba.
Maduro indicou que Chávez «está consciente de todas as circunstâncias que está a viver, que são circunstâncias complexas».
Depois de seis dias em Cuba, Maduro insistiu que Chávez «está consciente da batalha que está a travar», depois de ter sido operado pela quarta vez, em ano e meio, devido ao cancro que tem.
Maduro, que acumula com a chefia do governo, anunciou que o Executivo vai divulgar nas próximas horas mais informação sobre o estado de saúde de Chávez, realçando que já foram divulgadas 26 informações oficiais desde que Chávez foi operado, «sempre com a verdade».
A última informação oficial conhecida é a de que Chávez está num quadro «delicado», disse o seu genro e ministro da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, através da rede social Twitter.
O governante, de 58 anos e no poder desde 1999, deveria ser investido em 10 de janeiro num novo mandato de seis anos, depois de ser reeleito em 7 de outubro, mas a possibilidade de não poder estar presente abriu um debate no país sobre o que fazer.
A constituição da Venezuela estipula que, em caso de incapacidade de um presidente eleito, cabe ao presidente da Assembleia garantir a Presidência da República, de forma interina, e convocar eleições antecipadas em 30 dias.
Antes de viajar para Havana, Chávez designou Nicolas Maduro para dirigir o país na sua ausência. Na ocasião, transmitiu-lhe parte dos poderes e apoiou-o para se apresentar como candidato do partido no poder, em caso de nova eleição presidencial.