Catherine Ashton desloca-se esta segunda-feira à Ucrânia. A responsável pela diplomacia europeia leva propostas de Bruxelas para ajudar a economia do país.
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À beira da bancarrota, a Ucrânia está a deslizar para o «precipício». Com estas palavras, o novo presidente interino foi claro ao dizer que a governação de Viktor Ianukovitch e do antigo primeiro-ministro arruinaram o país.
O novo presidente, Olexandre Turtchinov, sublinhou também que a integração na Europa é uma prioridade, pedindo à Rússia que respeite a escolha europeia do país.
É neste quadro que Moscovo chamou para consultas o embaixador russo em Kiev e a alta representante da União Europeia para a politica externa, Catherine Ashton, é esperada hoje na capital ucraniana, para discutir formas de estabilizar a economia.
Em cima da mesa, pode estar o retomar do acordo comercial que foi rejeitado por Ianukovitch, sob pressão da Rússia - de resto, a gota de água que deu início aos protestos nas ruas, em novembro.
Os Estados Unidos também já disseram estar dispostos a ajudar, encorajando o governo de transição a negociar um pacote de assistência financeira com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na Praça da Independência, continuam concentradas centenas de pessoas, com fatos de camuflagem, capacetes, algumas com máscaras de esqui. Prometem ficar em Maidan até que seja escolhido um novo presidente, tal como tinha pedido a oposição.
De Ianukovitch, ninguém sabe o paradeiro, mas na casa do antigo presidente, que tem sido alvo de romarias, foi descoberta uma lista de jornalistas que deviam ser vigiados.
O último balanço oficial das vitimas desde a passada terça-feira subiu para 88 mortos.