Num momento em que os rebeldes assumiram o controlo de vários bairros de Tripoli e violentos combates estão a ser travados em redor da residência de Kadhafi, a China afirmou «respeitar a escolha do povo líbio».
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«A China respeita a escolha do povo líbio e espera que a estabilidade regresse rapidamente à Líbia», indicou a diplomacia chinesa, num comunicado divulgado no site do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
«A China está pronta para trabalhar com a comunidade internacional e assumir um papel positivo na futura reconstrução da Líbia», acrescentou o ministério.
Nos últimos meses, Pequim intensificou os contactos com os responsáveis do Conselho Nacional de Transição (CNT, o órgão político do movimento de rebelião líbio). Em Junho passado, as autoridades chinesas acabaram por reconhecer o CNT como um «interlocutor importante».
A China detém grandes interesses económicos na Líbia, tendo realizado, entre Fevereiro e Março, uma grande operação para retirar cerca de 36 mil trabalhadores chineses do território líbio.
A maioria dos cidadãos chineses trabalhava nos sectores petrolífero e ferroviário, na construção civil e em empresas de telecomunicações.
Membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, com direito de veto, a China absteve-se durante a votação da resolução que estabeleceu, em Março passado, uma zona de exclusão aérea na Líbia e autorizou a realização de ataques aéreos contra o território líbio.