A China manifestoue preocupação perante a intenção da Coreia do Norte de lançar um míssil de longo alcance em meados de dezembro e apela para a cooperação conjunta no sentido de evitar tensões entre os dois países.
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Em comunicado, citado pela agência Associated Press (AP), o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês reconhece o direito da Coreia do Norte em utilizar o espaço aéreo exterior, mas defende o recurso a restrições harmonizadas, nomeadamente, as estabelecidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.
«Esperamos que todas as partes envolvidas o façam no sentido de promover a paz e a estabilidade na península coreana e que reajam com calma e evitem o agravamento da situação», refere o porta-voz do ministério, em comunicado.
A Coreia do Norte anunciou no sábado que nas próximas semanas será lançado um novo míssil de longa distância, depois de uma tentativa falhada em abril, segundo uma declaração do Comité para a Tecnologia Espacial.
A concretizar-se entre 10 e 22 deste mês, esta será a segunda tentativa de lançamento sob a liderança de Kim Jong Un, que chegou ao poder na sequência da morte do pai, Kim Jong Il, há cerca de um ano.
Um porta-voz não identificado do Comité Coreano para a Tecnologia Espacial afirmou que a Coreia do Norte «analisou os erros» cometidos em abril e melhorou a precisão do míssil e satélite, de acordo com a agência oficial de notícias, citada pela Associated Press (AP).
A declaração esclarecia que o projétil vai conter um satélite para observação do planeta, ainda que, de acordo com a AP, os EUA considerem os testes norte-coreanos como experiências encobertas para tecnologia bélica de longa distância proibida pelas Nações Unidas.
É também esperado que o anúncio atraia uma renovada vaga de críticas quer dos EUA quer do Japão e da Coreia do Sul, que realiza eleições presidenciais a 19 de dezembro.