Os ministros das Finanças da zona euro aprovaram hoje o acordo alcançado entre o Presidente cipriota, a Comissão Europeia e o Fundo Monetário Internacional sobre o resgate financeiro a Chipre.
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Convicto de que a solução encontrada coloca um ponto final na crise que se instalou na última semana, o presidente do Eurogrupo afirmou, em conferência de imprensa, que está garantida a estabilidade financeira, o equilíbrio das finanças públicas e a sustentabilidade da dívida de Chipre.
O acordo alcançado na madrugada de hoje «põe fim às incertezas que afetam Chipre e a zona euro», assegurou Jeroen Dijsselbloem.
O presidente do Eurogrupo entende que foi adotado um ambicioso programa de consolidação orçamental de reformas estruturais e de privatizações e garante que a intervenção no setor bancário não afeta os depósitos mais pequenos.
«Gostaria de enfatizar que nenhuma destas medidas irá afetar os depósitos inferiores a 100 mil euros. Não deverá haver dúvidas quanto a isso», sublinhou Dijsselbloem.
O peso dos bancos será reduzido, de modo a aproximar-se da média europeia até 2018. O banco Laiki será dissolvido imediatamente e dividido em duas instituições: um banco "bom" que será absorvido pelo Banco Central do Chipre e um banco "mau" com a utilização de capitais próprios, com a contribuição de acionistas e dos depósitos acima de 100 mil euros.
«O corte para o Banco do Chipre terá de ser fixado nas próximas semanas pelas autoridades cipriotas e pela troika», precisou o presidente do Eurogrupo.
Também em conferência de imprensa, o Comissário Olli Rehn prometeu o empenho de Bruxelas para aliviar as dificuldades dos próximos tempos.
«Os cipriotas tem atravessado temos muitos dificeis. Haverá tempos difíceis daqui em diante. Mas tenho a certeza que trabalhando juntos no duro conseguiremos superar essas dificuldades», afirmou.
No acordo agora aprovado fica também o compromisso das autoridades cipriotas de não utilizarem os dez mil milhões de euros do resgate internacional para recapitalizar o banco Laiki.
O entendimento do Eurogrupo terá ainda de passar pela votação parlamentar em Chipre, na Holanda e na Alemanha.
No fim de 12 horas de reunião, o acordo aprovado também agradou ao Presidente cipriota. «Temos um acordo que é do interesse do povo de Chipre e da União Europeia», disse Nicos Anastasiades à imprensa no final da reunião, ao sair do edifício do Conselho Europeu.