Durão Barroso disse que o acordo na cimeira europeia não altera em nada o empréstimo a Portugal e mostrou-se satisfeito com os resultados alcançados pelos líderes da zona euro.
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Durão Barroso afirmou-se satisfeito com as medidas acordadas, esta madrugada, pelos líderes da zona euro que abrem a porta à possibilidade de recapitalização direta da banca e intervenções nos mercados, considerando tratar-se de «compromissos substanciais».
«Estou satisfeito, acho que foi um bom resultado, na medida em que temos compromissos substanciais em termos da supervisão bancária (...) e também temos medidas que, com adequada condicionalidade, vão permitir uma ação mais rápida nos mercados para alguns países que possam vir a necessitar dessa ação», disse Durão Barroso, no final de uma cimeira da zona euro que se realizou após o primeiro dia de trabalhos do Conselho Europeu.
O presidente do Executivo comunitário explicou que, relativamente à supervisão bancária para a zona euro, que será integrada pelo Banco Central Europeu, a Comissão irá apresentar uma proposta «proximamente», pois o objetivo é que tal avance até final do ano, abrindo-se a porta à recapitalização direta da banca.
Durão Barroso admitiu que estas medidas de curto prazo são pensadas em particular para Espanha, «também com possibilidade de intervenções em Itália», sendo que ficou expressamente referido que, no caso do sistema financeiro, vai ser «reavaliada a situação da Irlanda», e serão aplicados «os mesmos tipos de mecanismos em situações similares».
Portugal é um caso distinto - dado o problema não estar diretamente relacionado com a banca e o sistema financeiro -, tendo Durão Barroso comentado que já está em curso um programa e que Lisboa está a implementá-lo «com o reconhecimento de todos os seus parceiros».