Para além da destruição provocada pela explosão de sexta-feira, Oslo está complemente controlado por «militares armados até aos dentes», conta o correspondente da TSF na Noruega.
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As seguradoras calculam que há 50 mil janelas e montras partidas em Oslo num raio de quatro quilómetros na zona onde ocorreu o primeiro dos dois atentados de sexta-feira na Noruega.
Um dia depois destes ataques, os industriais noruegueses da área do vidro já disseram que não têm capacidade para substituir todas estas janelas e montras.
Este atentado, que ocorreu numa zona nevrálgica da capital norueguesa, foi sentido num raio de 20 quilómetros e provocou uma destruição parecida a uma cidade que foi «tomada por um golpe de estado».
«Há militares armados até aos dentes em todo o lado e todos os edifícios públicos. O Parlamento está completamente cercado por militares e por blindados», contou o correspondente da TSF na Noruega.
O jornalista Hélder Fernandes adiantou ainda que a «bandeira a meia haste é uma nota por todo o lado, nas varandas de casas, edifícios públicos e hotéis».
«As pessoas estão tristes e há muito pouco movimento em relação em relação aquilo que é normal num sábado de manhã num dia em que começam os saldos. A maior parte do comércio está fechado. Há apenas alguns cafés que abriram», adiantou.
Numa visita que fez este sábado de manhã pela capital norueguesa, Hélder Fernandes diz ainda ter visto vários centros comerciais fechados com «dísticos cá fora dizendo que fechavam em vítimas» dos atentados de sexta-feira.
Hélder Fernandes indicou ainda que foi controlado duas vezes no caminho para Oslo e que só conseguiu passar estes controlos depois de ter mostrado o seu cartão de jornalista.
Todo o quarteirão dos edifícios do Governo está encerrado e estão fechadas várias ruas em torno do Parlamento, da câmara municipal, do Palácio do Rei.