Foi Prefeito aos 31 anos, Governador aos 33. Desde os anos 80 esteve em sete partidos. Candidato presidencial pela terceira vez, Ciro Gomes é o terceiro nas sondagens, mas está longe da segunda volta. O PT isolou-o ao escolher Fernando Haddad.
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"Vote 12. Mude!"
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Mudança é a palavra que Ciro Gomes pretende ver associada ao número 12. Sobretudo mudança no rumo que as sondagens apontam: Ibope e Datafolha colocam-no no terceiro lugar, no que diz respeito às intenções de voto no próximo domingo, ou seja, fora da segunda volta.
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes se apresenta na corrida presidencial. A primeira foi em 1998, a segunda passados quatro anos, em 2002 - em ambas as ocasiões pelo PPS (Partido Popular Socialista). Nas duas não passou da primeira volta, e apesar dos quase 10 milhões de votos que conseguiu em 2002, não passou do quarto lugar. Desde 1980, quando começou a carreira política, passou por sete partidos. Agora é o candidato do Partido Democrático Trabalhista (PDT) ao Palácio do Planalto.
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Ciro Gomes, 60 anos, nasceu no interior do Estado de São Paulo, mas aos quatro anos foi viver para Sobral, no Ceará. Lá, estudou e acabou por dar aulas na Universidade. Foi aluno-visitante na Escola de Direito de Harvard, nos Estados Unidos.
Com apenas 31 anos foi Prefeito de Fortaleza, tendo sido eleito pela Datafolha como o melhor Prefeito do Brasil nessa altura (início dos anos 90). Foi, logo a seguir, com 33 anos, Governador do Estado do Ceará.
Foi Ministro da Fazenda (Finanças) no Governo de Itamar Franco - responsável pela transição do Plano Real, que estabilizou a inflação e resultou na nova moeda no Brasil, o Real- e Ministro da Integração Nacional, no executivo de Lula da Silva. Talvez por isso sublinhe que não é pró-PT nem anti-Partido dos Trabalhadores.
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Ciro tem fama, no Brasil, de ser "destemperado". E isso vem-lhe do estilo impulsivo e da frontalidade. Já nesta campanha eleitoral, o candidato do PST insultou um jornalista. O homem, que é também produtor de vídeo e faz trabalhos para vários políticos - sobretudo do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) e do DEM (Democratas) - questionou Ciro sobre declarações a propósito de um incidente entre brasileiros e emigrantes venezuelanos, junto à fronteira entre os dois países.
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O nome de Ciro Gomes chegou a ser falado como possível candidato do PT a estas eleições, caso Lula da Silva não pudesse avançar, como se veio a verificar. Mas o Partido dos Trabalhadores avançou para Fernando Haddad. O PSB e o PC do B, que chegaram a acordo com o PT - um para se declarar neutro e o outro com uma aliança efetiva, sendo Manuela DÁvila a candidata a vice de Haddad -, deixaram Ciro "resumido" ao PST, logo muito mais isolado. Restava piscar o olho à direita brasileira, mas nem aí Ciro conseguiu ter sucesso.
Na reta final da campanha presidencial do Brasil, a TSF está a publicar os perfis dos principais candidatos. Conheça Marina Silva, Geraldo Alckmin e João Amoêdo antes das eleições do próximo domingo, dia 7 de outubro.