Grupo de 58 pessoas da cidade de Mangush juntou-se ao comboio humanitário durante a operação de retirada da fábrica.
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As Nações Unidas anunciaram, esta terça-feira, a "retirada com sucesso" dos 101 civis que estavam nos túneis da fábrica Azovstal, na cidade ucraniana de Mariupol, numa operação conjunta com a Cruz Vermelha com destino a Zaporizhzhia e que foi acordada durante a visita de António Guterres a Moscovo e Kiev.
"É com alívio que confirmo o sucesso da passagem do corredor de evacuação a partir de Mariupol", disse a coordenadora da missão humanitária da ONU na Ucrânia, Osnat Lubrani, no Twitter.
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A operação demorou cinco dias e o seu sucesso significa que "101 mulheres, homens, crianças e pessoas mais velhas puderam finalmente sair dos bunkers por baixo da fábrica Azovstal e viram a luz do dia, dois meses depois", disse a mesma responsável num outro comunicado, citado pela AFP. Durante o percurso, nota, juntaram-se ao comboio humanitário outras 58 pessoas da cidade de Mangush, mas apenas 127 seguiram para Zaporizhzhia, dado que algumas optaram por não percorrer a totalidade do percurso.
O grupo chegou entretanto "em segurança" à cidade sob controlo ucraniano, depois de ter passado várias semanas sob cerco e ataques dos russos, confirmou o gabinete de Coordenação de Esforços Humanitários da ONU. Todos "receberam uma primeira ajuda humanitária, sobretudo, cuidados de saúde e atenção psicológica", mas segundo a Cruz Vermelha, alguns dos civis estão feridos.
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Osnat Lubrani reconhece, no entanto, que "pode haver mais civis presos" e garante que as Nações Unidas estão prontas para voltar à fábrica e retirá-los. A Cruz Vermelha também sublinha a "urgência" de envidar novas operações de resgate e pede que "não se poupem esforços".
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O complexo siderúrgico de Azovstal é o último reduto de resistência das forças ucranianas em Mariupol, cidade portuária no sudeste da Ucrânia quase completamente controlada pelos russos. Esta terça-feira, o Exército russo lançou um "potente ataque" com apoio de tanques e de Infantaria contra a fábrica, informou o subcomandante do batalhão de combate de Azovstal, Sviatoslav Palamar, numa mensagem de vídeo divulgada no Telegram.
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