Resultados ainda provisórios dão a vitória ao MPLA, que ainda assim perde um milhão de votos.
Corpo do artigo
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola garantiu, esta tarde, que ainda não recebeu qualquer reclamação relacionada com o processo eleitoral no país.
"A CNE não recebeu reclamações de qualquer concorrente e caso elas eventualmente cheguem, como é normal, a CNE tem o dever legal de as apreciar e decidir nos termos da lei", disse Lucas Quilundo em declarações aos jornalistas, em Luanda.
Segundo dados divulgados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), quando estavam escrutinados 97,03% dos votos das eleições realizadas na passada quarta-feira, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder desde 1975) obteve 3.162.801 votos, menos um milhão de boletins escrutinados do que em 2017, quando obteve 4.115.302 votos.
Já a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) registou uma grande subida, elegendo deputados em 17 das 18 províncias e obtendo uma vitória histórica em Luanda, a maior província do país, conseguindo até ao momento 2.727.885 votos, enquanto em 2017 obteve 1.800.860 boletins favoráveis.
No entanto, o líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, contestou na sexta-feira a vitória do MPLA e pediu uma comissão internacional para comparar as atas eleitorais na posse do partido com as da CNE.