Cobra venenosa a bordo de avião obriga a aterragem de emergência na África do Sul
A cobra venenosa foi detetada pelo piloto da aeronave dentro da cabine.
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O piloto de um avião particular foi forçado a fazer uma aterragem de emergência na África do Sul, após detetar na cabine a presença do que se percebeu depois ser uma das cobras mais venenosas do continente africano.
Rudolph Erasmus pilotava um avião com quatro passageiros quando sentiu o que descreve como "uma sensação fria a passar" pela sua camisa. Assumindo que tinha sido água da sua garrafa que teria entornado, Erasmus só percebeu depois que a cobra já deslizava para baixo do seu assento.
"Quando me virei para a esquerda e olhei para baixo, vi a cobra [...] a passar por baixo do assento", disse.
Uma mordida daquela espécie de cobra - o que agora Erasmus acredita ter sido uma cobra coral do Cabo ou aspidelaps lubricus - pode causar a morte a uma pessoa em apenas 30 minutos, segundo a BBC.
No momento seguinte, Erasmus contou que sentiu como se o seu "cérebro não tivesse processado o que se estava a passar". Para não causar o pânico entre os passageiros e a tripulação a bordo de um Beechcraft Baron 58, um avião bimotor, o piloto apenas anunciou a presença de um "tripulante indesejado".
Contudo, mais tarde acabou por confessar que se tratava de uma cobra. "A cobra está por baixo do meu assento. Está dentro da cabine, por isso, vamos ter de efetuar uma aterragem o mais rápido possível", explicou, acrescentando: "Felizmente, todos permaneceram calmos."
O piloto comunicou via rádio a emergência e foi rapidamente autorizado a fazer uma aterragem no aeroporto mais próximo (Welkom), que fica localizado a mais de dois mil quilómetros a sudoeste de Joanesburgo, avançou a GoldFM, uma rádio local.
Erasmus já recebeu elogios por parte da comissária sul-africana da aviação civil, Poppy Khoza, que o congratulou pela "grande habilidade aérea, que salvou todas as vidas a bordo", de acordo com o jornal digital News24.
O piloto agradeceu, mas desvalorizou o seu trabalho e atribui o sucesso do feito aos seus "passageiros que permaneceram calmos".
A cobra já tinha sido avistada por dois trabalhadores, antes de o avião descolar, que a tinham tentado "agarrar", mas sem sucesso.
Erasmus explicou que tentaram encontrar a cobra antes de embarcar com os passageiros, mas que não conseguiram, tendo então assumido que teria fugido.
A cobra não foi entretanto encontrada.