João Pedrosa decidiu ficar na cidade chinesa que é o epicentro do novo coronavírus. Agora, escreve no site da TSF sobre o estranho dia a dia em Wuhan.
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O uso "obrigatório" de máscaras veio trazer problemas de segurança, isto é como se poderá identificar as pessoas?
A Inteligência Artificial (IA) está a ser a solução e cada vez mais é o recurso para o combate ao surto do novo coronavírus. Diversas empresas de tecnologia estão a desenvolver dispositivos de forma a possibilitar o reconhecimento facial de pessoas usando máscaras. Muitas companhias que usam tais equipamentos para controlar o acesso de entradas, como por exemplo a dos seus funcionários, enfrentam agora um problema pois aqueles não conseguem realizar o reconhecimento facial de indivíduos com máscaras.
Já há empresas especializadas nesta tecnologia que foram capazes de introduzir novos sistemas que permitem efetuar esta nova necessidade de reconhecimento. Estas versões foram desenvolvidas em menos de um mês.
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O reconhecimento facial tem sido uma das maiores tecnologias emergentes nos últimos anos e cada vez mais estão presentes no quotidiano. Por exemplo as entradas do meu bairro têm dispositivos desses e as "cancelas" só se abrem após validação do reconhecimento facial.
Há notícia de uma empresa de inteligência artificial que desenvolveu equipamentos de monitorização de febre, que podem rastrear até dez pessoas por segundo sem contacto direto e identificar remotamente indivíduos que apresentem sintomas febris, diminuindo assim o risco de propagação da infeção e aumentando a velocidade de triagem em locais públicos. O sistema pode também identificar qualquer indivíduo sem máscara e emitir alertas.
Yu Xiaohui, vice-diretor da Academia de Tecnologia da Informação e Comunicações da China, disse que as empresas de IA deram o melhor de si e lançaram várias soluções e produtos num curto espaço de tempo, contribuindo para uma mais fácil monitorização e rastreio de possíveis casos de infeção. Estes dispositivos estão a ser cada vez mais usados e a ajudar as empresas a retomar as suas atividades rapidamente.
João Pedrosa, em Wuhan (28 de Fevereiro de 2020)
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