Os ministros dos Negócios Estrangeiros da coligação internacional de mais de 60 países que se opõem ao Estado Islâmico reuniram-se hoje pela primeira vez, na sede da Aliança Atlântica, em Bruxelas. Rui Machete representou Portugal e defendeu que é preciso avançar noutras frentes e não apenas pela via aérea.
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Os ministros concluem que o problema vai levar anos até estar completamente erradicado. Para já, têm a intenção de enviar tropas estrangeiras para participar na formação de um exército iraquiano com capacidade para os combates no terreno.
Neste encontro, que contou com a participação do primeiro-ministro iraquiano, Rui Machete disse que Haider al-Abadi garantiu que o combatentes do Estado Islâmico estão a perder força no terreno.
Após o encontro, o ministro português dos Negócios Estrangeiros disse que considera que há avanços no combate ao Estado Islâmico, mas defendeu que o problema vai tardar a encontrar solução. Para Rui Machete é preciso avançar noutras frentes e não apenas pela via aérea.
A coligação internacional pondera o envio de estrangeiros para participar na formação do exército iraquiano para prosseguir o combate e Rui Machete não exclui a participação de portugueses. Mas, por enquanto, a participação portuguesa vai resumir-se à frente humanitária, com um montante ajustado à situação financeira do país.
Na primeira reunião de ministros da coligação internacional de combate ao Estado Islâmico ficou ainda o compromisso de levar a missão até ao fim.
O ministro Rui Machete reiterou ainda a importância de adaptar as leis nacionais, para criminalizar os cidadãos que aderem ao terrorismo, considerando ainda que a estratégia internacional deve apostar na prevenção para evitar a adesão de novos combatentes no Estado Islâmico.