O comandante Francesco Schettino é acusado de homicídio por negligência. O julgamento devia ter começado no dia 9, mas foi adiado devido a uma greve dos advogados italianos.
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Um ano e meio após o naufrágio do Costa Concórdia, a justiça italiana está finalmente em condições de dar início, esta quarta-feira, ao julgamento do comandante Francesco Schettino.
O navio naufragou depois de uma passagem demasiado próxima da Ilha de Giglio e provocou a morte de 32 pessoas.
Francesco Schettino está acusado de homicídio involuntário e abandono do navio e arrisca 20 anos de prisão.
Um dos passageiros portugueses do Costa Concordia, admitiu à TSF que, em alguns momentos, a tripulação não esteve à altura do acontecimento. Rui Almeida, jornalista português, lembrou ainda a falta de simulacros de acidente.
Devido ao elevado número de pessoas que se prevê que assistam à audiência, o tribunal foi transferido para um teatro da cidade de Grosseto, uma pequena cidade da Toscânia. As famílias das vítimas esperam ouvir explicações sobre a origem da tragédia e sobre os comportamentos do comandante na noite de 13 de janeiro de 2012.
O navio continua no local e as operações de retirada estão muito atrasadas. As equipas técnicas fazem os últimos preparativos para tentar endireitar o navio. O objetivo é rebocá-lo em setembro, se o estado da carcaça o permitir, mas as populações e as autoridades de Giglio temem que a movimentação do navio possa provocar uma catástrofe ecológica.