Esta votação foi feita no dia em que o presidente russo advertiu o Congresso norte-americano contra a aprovação de ataques contra a Síria, que Moscovo define como uma «agressão» caso sejam feitos «fora do quadro das Nações Unidas».
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A comissão senatorial dos EUA para os Negócios Estrangeiros aprovou, esta quarta-feira, uma resolução que autoriza um ataque militar à Síria, com 10 votos a favor, sete contra e uma abstenção.
A sessão plenária do Senado deve votar o documento na próxima semana, ficando a faltar a discussão e votação posterior na Câmara dos Representantes.
Antes, o presidente russo tinha advertido o Congresso norte-americano contra a aprovação de ataques contra a Síria, que Moscovo define como uma «agressão» caso sejam feitos «fora do quadro das Nações Unidas».
Segundo as agências russas, durante um encontro com membros do conselho dos Direitos Humanos no Kremlin, Vladimir Putin lembrou que «como sabemos, a Síria não ataca os EUA e por isso não se pode tratar de uma questão de defesa».
«O Congresso e o Senado norte-americanos estão ocupados em legitimar uma agressão e todos estamos presos aos ecrãs de televisão à espera se vai ser ou não autorizado» este ataque, acrescentou Putin, que disse a autorização seria «inadmissível».
A votação da comissão senatorial dos EUA para os Negócios Estrangeiros foi a primeira votação a favor do uso da força desde outubro de 2002, quando o congresso aprovou a invasão do Iraque e a quarta desde a guerra do Vietname.