O frio, a chuva e a fome chegaram ao campo de refugiados, que ultrapassou largamente a lotação. A responsável local da Cruz Vermelha contou à TSF que não param de chegar pessoas ao campo.
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Ninguém sabe ao certo quantos são, mas os refugiados retidos na fronteira entre a Grécia e a Macedónia estão a viver momentos difíceis. Ontem entraram em confronto com as autoridades e hoje é o frio e as más condições do local que mais preocupam a Cruz Vermelha Internacional. O campo, junto à cidade grega de Idomeni, só tem capacidade para 1500 pessoas mas estarão lá 8.500.
A coordenadora de emergência da Cruz Vermelha, Caroline Haga, está no local e contou à TSF que as pessoas não param de chegar: "Estão a chegar aqui de todas as formas. Algumas vêm de táxi e juntam-se perto da fronteira. Neste momento estão a dormir em tendas que não são suficientes. Estive a falar com um homem que está aqui há uma semana, começou a chover e ele deu a tenda a uma família e tem dormido ao relento".
A maioria destes refugiados são sírios e mais de 40% são crianças. Muitos estão naquela zona há mais de uma semana e nunca se sabe quando a fronteira está aberta.
Os refugiados esperam chegar à Europa central e vão vivendo em condições que segundo a Cruz Vermelha põem em causa a situação dos mais frágeis.
Caroline Haga insiste que o campo está em muito más condições, não há comida suficiente e para comer é preciso esperar 3 a 4 horas. "É mesmo uma situação muito difícil. Vão abrir mais 3 campos aqui na Grécia mas estamos a falar de 13 a 14 mil pessoas à espera", revelou.
Neste momento há tendas onde dormem 10 pessoas, à noite estão 10 graus negativos e se nada for feito a situação vai agravar-se ainda mais, avisa a responsável.