O Conselho de Segurança aprovou uma resolução que prevê a criação da missão de apoio da ONU para a Líbia. Entretanto, o novo governo de transição será apresentado no domingo.
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A resolução apresentada pela França e pelo Reino Unido e aprovada esta sexta-feira em Nova Iorque prevê o envio de uma missão política (UNSMIL) durante três meses, para apoiar a reconstrução do Estado líbio, preparação de eleições e redação de uma nova Constituição.
Além da Petrolífera Nacional e da Zueitina, ficam também com caminho aberto para a saída da lista de entidades com bens congelados o Banco Central, o Banco Árabe Líbio Internacional, a Autoridade Líbia de Investimento e a sociedade de investimentos Libyan-African Investment Portfolio.
O descongelamento destes activos no valor de milhares de milhões de dólares destina-se a «colocá-los à disposição do povo líbio», refere o texto aprovado pelos 15 países membros, incluindo Portugal.
Paralelamente, a Assembleia-geral da ONU aprovou hoje, por 114 votos a favor e 17 contra, a entrega do lugar líbio na ONU ao Conselho Nacional de Transição (CNT), o órgão político dos rebeldes que derrubaram o regime de Muammar Kadhafi.
Entretanto, dois responsáveis das novas autoridades no país, citados pela agência noticiosa AFP, afirmaram que o novo governo de transição líbio vai ser anunciado domingo e será «representativo» do conjunto dos líbios.
«O governo vai incluir 30 membros. Será representativo de todas as famílias políticas e das todas as regiões. Vai incluir mulheres», declarou um dos responsáveis que solicitou o anonimato.
No domingo, o número dois do Conselho Nacional de Transição (CNT) Mahmud Jibril, que ocupa o cargo de «primeiro-ministro», tinha garantido que o novo executivo seria formado «no espaço de uma semana a dez dias». Na ocasião, indicou que o novo executivo incluiria «representantes das diferentes regiões líbias».