O primeiro-ministro defendeu, na Assembleia-Geral da ONU, que o alargamento do Conselho de Segurança da ONU, actualmente em negociação, inclua lugares para Brasil, Índia e África.
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«Queremos um Conselho de Segurança mais eficaz e mais representativo. A sua composição deve ser adaptada de modo a reflectir adequadamente as mudanças entretanto consolidadas», disse Pedro Passos Coelho na intervenção no debate anual da ONU, este sábado.
«Parece-nos evidente, neste contexto, a necessidade de dar ao Brasil e à Índia um lugar de membro, devendo a África integrar também este alargamento», adiantou.
O primeiro-ministro português defendeu ainda que o reconhecimento da Palestina como membro da organização aconteça só depois de um acordo de paz com Israel.
A iniciativa palestiniana «deve ser o resultado e a consequência lógica da conclusão das negociações, pelo que entendemos que se trata de uma manifestação de interesse que se materializará quando o acordo de paz for celebrado», disse.
A opção preferida pelos países da União Europeia, e que Passos Coelho sublinhou na intervenção, é um estatuto intermédio para a Palestina junto da ONU, de Estado não membro, enquanto prosseguem negociações directas com Israel.
Esse estatuto, referiu, «traduziria um passo importante para a criação do novo Estado. E significaria um compromisso acrescido dos Palestinianos com o processo das negociações, reforçando a sua confiança na via para o acordo de paz definitivo e global».
Neste discurso, o primeiro-ministro pediu ainda uma «resposta urgente» global para relançar o crescimento económico e o emprego, evocando os «esforços sem precedentes» a que a crise está a obrigar Portugal.