A Dinamarca declarou «persona non grata» o cônsul geral da Líbia devido aos repetidos apoios ao dirigente líbio Muammar Kadhafi e vai expulsá-lo até 1 de Junho, anunciou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês.
Corpo do artigo
Em funções desde 2008, o representante líbio, Munir Eldawadi, foi informado naquarta-feira que era considerado «'persona non grata' e que dispunha de cinco dias úteis para deixar o país», declarou uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, confirmando uma notícia do diário conservador Berlingske Tidende.
«O cônsul geral apoiou publicamente, em diversas ocasiões, Kadhafi e por consequência nós informámo-lo que era indesejável na Dinamarca. Foi declarado 'persona non grata'», explicou uma fonte do ministério ao jornal.
A Dinamarca tem o «direito a tomar uma tal medida, conforme a convenção de Viena que rege as relações diplomáticas entre os Estados», precisou a fonte.
A fonte especificou que a expulsão do representante líbio não significa a ruptura das relações diplomáticas entre Copenhaga e Tripoli, mas que «é um sinal claro a Kadhafi de que o seu comportamento brutal contra a população tem consequências».
A fonte recordou que «diplomatas de Kadhafi também foram expulsos em vários países, referindo a Suécia, a França e o Reino Unido».
A Dinamarca participa com seis aviões F-16 nos ataques aéreos da coligação internacional que estão em curso na Líbia desde 19 de Março.