A Coreia do Norte reafirmou o «direito legítimo» a lançar mísseis para fins civis e assegurou que vai continuar com o programa espacial, apesar das sanções do Conselho de Segurança da ONU.
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«Pouco importa o que os outros dizem, continuaremos a exercer o nosso direito legítimo para lançar satélites», declarou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, depois do lançamento com êxito de um míssil de longo alcance, que suscitou uma ampla reprovação da comunidade internacional.
O porta-voz, citado pela agência oficial do regime, insistiu no «caráter pacífico» do programa espacial norte-coreano, que se inscreve num plano geral «de construção económica e melhoria do nível de vida da população».
O responsável criticou as «forças hostis» a Pyongyang que contestam «o direito a utilizar o espaço para fins pacíficos (...) universalmente reconhecido pelo direito internacional e que reflete a vontade unânime da comunidade internacional».
«Esta questão não é, portanto, de um domínio no qual o Conselho de Segurança das Nações Unidas possa dizer isto ou aquilo», adiantou o porta-voz.
Os embaixadores do Conselho de Segurança têm já prevista uam reunião, durante a manhã, em Nova Iorque.
O lançamento do míssil é interpretado como uma ameaça direta pelos Estados Unidos. Washington denunciou um ato «altamente provocador», em infração das resoluções 1718 e 1874 da ONU que proíbem Pyongyang de exercer qualquer atividade nuclear ou balística.
O porta-voz da diplomacia norte-coreana alertou Washington contra uma estratégia de «confronto (que) não representará qualquer ajuda para resolver o que quer que seja».