Depois do Conselho de Segurança da ONU ter aprovado novas sanções, a Coreia do Norte anunciou que «vai levar a cabo ações para fortalecer a capacidade de defesa militar, incluindo a dissuasão nuclear».
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano refere em comunicado, citado pela agência oficial do país, KCNA, que «não haverá mais conversações sobre a desnuclearização da península coreana no futuro».
«Devido ao agravamento da política hostil dos Estados Unidos em relação à Coreia do Norte, tanto as conversações a seis como a declaração conjunta de 19 de setembro são declaradas nulas e a desnuclearização da península chegou ao fim», acrescenta a nota.
As conversações a seis sobre o fim do programa nuclear norte-coreano, em que participavam as Coreias, os Estados Unidos, a China, o Japão e a Rússia, estão suspensas desde que, em 2008, Pyongyang decidiu retirar-se na sequência das sanções aplicadas pela pela ONU por ter realizado testes com mísseis de longo alcance.
Depois de conhecer hoje as novas sanções, Pyongyang alertou que «levará a cabo ações para fortalecer a capacidade de defesa militar, incluindo a dissuasão nuclear», refere o comunicado do regime liderado por Kim Jong-un.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou o congelamento dos ativos do Comité Coreano de Tecnologia Espacial e de outros organismos norte-coreanos e restrições a viagens fora do país contra vários funcionários norte-coreanos.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterou a necessidade de se recorrer ao diálogo considerado como a única via para a desnuclearização da península coreana e a paz na região.
As novas sanções surgem depois de, a 12 de dezembro, a Coreia do Norte ter colocado em órbita um satélite através de um foguete de longo alcance, situação condenada pela comunidade internacional, que considerou a medida como um teste de míssil encoberto.