A Coreia do Sul promete resposta dura e a China recomenda ponderação. São as primeiras reações à revogação por parte da Coreia do Norte do pacto de não agressão com o vizinho do sul.
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O Presidente da Coreia do Sul promete responder «duramente» ao que classifica como provocações da Coreia do Norte e considera que o regime de Pyongyang vai auto-destruir-se se continuar com as políticas belicistas.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul alertou hoje a Coreia do Norte que se realizar um ataque nuclear preventivo provocará a sua própria destruição.
«Se a Coreia do Norte atacar a Coreia do Sul com uma arma nuclear, o regime de Kim Jong-un vai desaparecer da face da Terra», disse o porta-voz do Ministério, Kim Min-seok.
«Embora no passado a bomba atómica tenha sido utilizada duas vezes para pôr fim à II Guerra Mundial, a humanidade não perdoará um ataque contra uma sociedade livre e democrática, como a República da Coreia», argumentou o mesmo responsável, citado pela Efe.
A China pede «calma e contenção» após as ameaças norte-coreanas. «A China apela a todas as partes envolvidas que conservem a calma, que façam provas de contenção e se abstenham de qualquer ação suscetível de agravar as tensões», disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Hua Chunying, aos jornalistas em Pequim.
A porta-voz lembrou que a situação atual na península da Coreia é «altamente complexa e sensível» e afirmou que Pequim «manifesta preocupação».
São reacções do vizinho e do maior aliado depois de Pyongyang ter decidido anular os pactos de não agressão com a vizinha Coreia do Sul.
O anúncio foi feito esta madrugada, horas depois do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter aprovado novas sanções ao regime norte coreano na sequência dos ensaios nucleares que o país tem realizado.
Através de um comunicado, Pyongyang avisou que vai cortar de imediato o telefone diplomático com o país vizinho. O acordo de não agressão foi assinado nos anos 50, depois da guerra entre as duas Coreias.
As novas sanções da ONU à Coreia do Norte impõem restrições a nível financeiro. O objectivo é de cortar as fontes de financiamento utilizadas para desenvolver os programas militares e balísticos. As sanções prevêem ainda colocar sob vigilância os diplomatas norte-coreanos.
Numa resposta à decisão do Conselho de Segurança, um general do exército Popular da Coreia do Norte garantiu que o país tem prontos para serem lançados mísseis nucleares capazes de alcançar os Estados Unidos.
O responsável militar afirmou ainda que as tropas norte coreanas estão preparadas para a guerra, só precisam de receber uma ordem nesse sentido.