Sete dos 28 trabalhadores de uma ONG especializada em desminagem, sequestrados a 6 de Julho no oeste do Afeganistão, foram decapitados, revelou este domingo a polícia da província de Farah, na fronteira com o Irão.
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Segundo a polícia, os cadáveres dos trabalhadores foram encontrados pela polícia e pelos chefes tribais.
«Sete trabalhadores foram decapitados. Encontrámos o corpo de um deles e os restantes estão na posse dos chefes tribais da região», disse Mohammad Ghaws Malyar, acrescentando que se desconhece a situação dos restantes 21 trabalhadores que foram raptados na mesma altura.
Os 28 trabalhavam para a agência de desminagem para o Afeganistão (DAFA), uma organização não governamental com sede em Kandahar, maior cidade do sul do país, e o sequestro não foi reivindicado.
Os sequestros de afegãos e estrangeiros são frequentes no Afeganistão e, em regra, são atribuídos aos rebeldes talibãs, que por diversas vezes sequestraram e decapitaram polícias ou civis afegãos, acusando-os de colaborarem com a coligação internacional que apoia o Governo de Cabul na luta contra o terrorismo.
Na província de Farah, em Abril, 12 engenheiros iranianos e três afegãos estiveram sequestrados durante 48 horas e em Dezembro 11 trabalhadores de desminagem que trabalhavam para outra ONG foram sequestrados na província de Khost e posteriormente libertados após intervenção das forças de segurança.
Uma semana antes tinham sido raptados outros 16 trabalhadores de desminagem na província de Nangarhar, que foram libertados progressivamente.