
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, num conflito iniciado em 2014 com a anexação da península da Crimeia pelos russos
Michael Kappeler/AFP
O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, é visto com grande preocupação em Kiev, pois incorpora várias exigências russas importantes: a Ucrânia ceder território, aceitar uma redução do exército e renunciar à adesão à NATO
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O presidente do Conselho Europeu prometeu esta segunda-feira uma "posição unida e coordenada" da UE, numa reunião informal dos líderes dos 27 sobre o plano de paz dos Estados Unidos para a Ucrânia.
"Conversei com [o Presidente ucraniano] Volodymyr Zelensky antes da reunião informal dos líderes da UE desta manhã sobre os esforços de paz na Ucrânia, para obter a sua avaliação da situação", escreveu António Costa na rede social X.
Spoke with @ZelenskyyUa ahead of this morning"s informal EU leaders" meeting on Ukraine peace efforts, to get his assessment of the situation.
- António Costa (@eucopresident) November 24, 2025
A united and coordinated EU position is key in ensuring a good outcome of peace negotiations - for Ukraine and for Europe.
Antes de presidir ao encontro de alto nível informal, que decorre em Luanda à margem da cimeira UE-União Africana (UA) e também por videoconferência para os líderes que não estão presentes na capital angolana, o presidente do Conselho Europeu vincou: "Uma posição unida e coordenada da UE é fundamental para garantir um bom resultado das negociações de paz, para a Ucrânia e para a Europa."
António Costa convidou os líderes dos 27 Estados-membros europeus para um encontro esta segunda-feira à margem da cimeira UE-UA, a decorrer em Luanda.
O plano de 28 pontos elaborado pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, é visto com grande preocupação em Kiev, pois incorpora várias exigências russas importantes: a Ucrânia ceder território, aceitar uma redução do exército e renunciar à adesão à NATO.
No entanto, oferece a Kiev garantias de segurança do Ocidente para evitar quaisquer novos ataques russos.
Em caso de rejeição por parte da Ucrânia, [o Presidente russo, Vladimir] Putin, ameaçou continuar os ganhos territoriais na frente de batalha, onde as tropas russas detêm a vantagem.
Perante esta dupla pressão dos Estados Unidos e da Rússia, Zelensky iniciou também consultas com os principais aliados na Europa.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, num conflito iniciado em 2014 com a anexação da península da Crimeia pelos russos.
