A base da marinha ucraniana em Sebastopol, na Crimeia, foi invadida por um grupo esta manhã e foram hasteadas bandeiras russas. O governo de Kiev já disse que não vai ceder a atos como este.
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É uma ação que pode agudizar a tensão na Crimeia. Esta manhã, forças pró-russas invadiram a base naval da Ucrânia no porto do Mar Negro, na cidade de Sevastopol.
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Assim que o grupo formado por cerca de 200 milicianos pró-russos invadiu a base naval, o ministro da defesa ucraniano afirmou que as forças do país não saem da Crimeia e sublinhou que não é por o presidente russo ter assinado um acordo para a anexação da região que os irá demover.
O momento foi testemunhado por um fotógrafo da Associated Press, que diz ter visto esta manhã centenas de elementos das forças de auto-defesa da Crimeia invadirem o quartel general da marinha e hastearam três bandeiras russas na entrada da base naval ucraniana.
De acordo com esta testemunha, os homens não estavam armados e pareciam aguardar autorização dos militares ucranianos para permanecerem no local.
O porta-voz da marinha ucraniana confirma esta informação, diz que não houve qualquer disparo. Em declarações à agência Reuters, este responsável diz que se trata de um grupo composto por 200 milicianos pró-russos, alguns têm a cara tapada.
Uma outra testemunha ouvida pela Reuters conta que entre os elementos que invadiram o quartel-general da marinha ucraniana no porto de Sebastopol, alguns pertencem às chamadas unidades de auto-defesa, formadas por voluntários que apoiaram a anexação da Crimeia à Rússia.
Entretanto, o ministério dos Negócios Estrangeiros russo emitiu um comunicado, no qual acusa Bruxelas de ter impedido uma visita de Van Rompoy a Moscovo.
Um encontro que estava previsto para esta quarta-feira. O chefe da diplomacia russa diz que o Ocidente não quer conhecer a verdade e lamenta que continuem a pensar que a Rússia e Crimeia são os responsáveis pela crise na Ucrânia.