A organização sublinha que a chegada de "ajuda vital às instalações médicas é uma obrigação legal ao abrigo do direito humanitário internacional".
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O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) adiantou esta terça-feira que um dos seus comboios que transportava ajuda humanitária em Gaza foi alvo de um ataque a tiros, do qual resultou um ferido.
"Um grupo de cinco camiões e dois veículos do CICV transportava equipamentos médicos vitais (...) em direção ao hospital al-Quds da Sociedade do Crescente Vermelho Palestiniano, quando foi atingida por tiros", explicou este organismo em comunicado.
"Dois camiões foram danificados e um motorista ficou levemente ferido", acrescentou o CICV, realçando estar "profundamente perturbado" pela situação.
Para William Schomburg, chefe da subdelegação do CICV em Gaza, estas "não são condições em que o pessoal humanitário possa trabalhar".
"Estamos aqui para prestar assistência urgente aos civis necessitados. [Para] garantir que a ajuda vital chegue às instalações médicas é uma obrigação legal ao abrigo do direito humanitário internacional", frisou
O CICV frisou, de acordo com o comunicado, que após o incidente com os comboios de humanitária "mudaram de rota e chegaram ao hospital de al-Shifa onde entregaram material médico".
Depois, acompanhou "seis ambulâncias que transportavam pacientes gravemente feridos até à passagem de Rafah", na fronteira entre o Faixa de Gaza e Egito, detalhou.
O movimento islamita palestiniano Hamas realizou um ataque surpresa contra Israel em 7 de outubro, que fez mais de 1400 mortos, na maioria civis, e cerca de cinco mil feridos, além dos mais de 200 reféns, de acordo com as autoridades israelitas.
A retaliação de Israel contra a Faixa de Gaza começou logo depois, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira passada o cerco à cidade de Gaza.
A guerra entre Israel e o Hamas já fez, na Faixa de Gaza, mais de dez mil mortos, entre os quais mais de quatro mil crianças, mais de 25.400 feridos e cerca de 1,5 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais, controladas pelo Hamas.