Nikos Michaloliakos, três deputados e pelo menos dez membros do partido grego de extrema-direita Aurora Dourada foram detidos este sábado, acusados de formação de organização criminosa.
Corpo do artigo
O partido estava a ser investigado pela morte do músico Pavlos Fyssas, de 34 anos, que foi esfaqueado no dia 18 de setembro por um homem que se confessou admirador e militante do partido Aurora Dourada embora o partido negue qualquer ligação.
A polícia grega informou esta manhã que deteve o líder do partido de extrema-direita da Grécia. O New York Times diz que além de Nikos Michaloliakos, foram detidos outros três deputados e pelo menos dez membros do Aurora Dourada. No total, foram emitidas 38 ordens de prisão contra o partido neonazi.
Entre os detidos está o porta-voz do partido no Parlamento, Ilias Kasidiaris, que em junho de 2012 agrediu duas deputadas num debate televisivo, e o secretário da organização local no bairro de Nikea, em Atenas, à qual pertencia Giorgos Roupakias, o assassino confesso de Fyssas.
A polícia realizava há vários dias buscas nas instalações do partido. As investigações têm vindo a revelar a impunidade com que os membros do Aurora Dourada agiam violentamente contra os militantes de esquerda e imigrantes.
É a primeira vez que as autoridades gregas detêm membros de partidos políticos e deputados desde a Junta Militar de 1974.
O Aurora Dourada conseguiu nas últimas eleições eleger 18 deputados que, face aos recentes acontecimentos, ameaçam demitir-se.
O partido já reagiu às detenções, pedindo aos apoiantes que se reúnam frente à sede da polícia em Atenas. Numa mensagem citada pela Reuters o partido pede apoio para uma «luta moral e justa contra um sistema corrupto».