A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, quer um reforço da cooperação com os países árabes na luta contra o terrorismo. A mensagem foi enviada para o encontro dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros que está a decorrer esta segunda-feira.
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Para enfrentar o terror, Federica Mogherini defende uma aliança ampla que signifique um reforço de cooperação não só entre países europeus mas também com os países árabes.
«A ameaça não é apenas a que enfrentámos em Paris, mas também a que se espalha por outras partes do mundo a partir de países muçulmanos. Precisamos fortalecer a nossa maneira de cooperar juntos - em primeiro lugar com os países árabes - e, em seguida, internamente», disse a chefe da diplomacia europeia.
«É preciso discutir isso com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros. Precisamos partilhar informações e precisamos cooperar mais também entre os estados-membros sobre o nível de segurança e é isso que discutimos com o Comissário Avramopoulos», acrescentou.
A luta antiterrorista domina hoje a reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), em Bruxelas.
A questão já estava na agenda do encontro de chefes de diplomacia ainda antes da operação antiterrorista da passada quinta-feira à noite na Bélgica - que resultou na morte de dois "jihadistas" e na detenção de outros 13 presumíveis terroristas -, tendo sido inscrita na ordem de trabalhos na sequência dos atentados da semana passada em Paris.
Os ministros dos 28, entre os quais Rui Machete, vão discutir com a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Federica Mogherini, e com o coordenador antiterrorista da UE, Gilles de Kerchove, de que modo pode ser reforçada a luta contra o terrorismo "jihadista", ainda na sequência do ataque ao semanário francês Charles Hebdo.
Fontes comunitárias indicaram que não são aguardadas decisões no encontro de hoje, sendo o principal objetivo uma primeira troca de opiniões, também com vista à cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da UE que se realizará no próximo mês, e que será dedicada à luta contra o terrorismo, tal como decidido na sequência dos ataques em Paris.