No discurso que fez na ONU, Obama defendeu que «queimar uma bandeira americana não contribui para a educação de uma criança» e «atacar uma embaixada não cria um único emprego».
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O presidente norte-americano considerou, esta terça-feira, que os discursos extremistas e a violência não resolvem os problemas das pessoas e minam a democracia.
No discurso que fez esta terça-feira na Assembleia Geral da ONU, Barack Obama lembrou a morte do embaixador dos EUA na Líbia para dizer que nada justifica a morte de inocentes.
Para Obama, o «discurso político que incita o leste contra o ocidente, o sul contra o norte, muçulmanos contra cristãos, hindus e judeus não pode resultar em promessas de liberdade».
«Aos jovens, oferece apenas falsas esperanças. Queimar uma bandeira americana não contribui para a educação de uma criança. Destruir um restaurante não enche um estômago vazio. Atacar uma embaixada não cria um único emprego», explicou.
Barack Obama defendeu que «este discurso político só torna mais difícil o que queremos alcançar: educar os nossos filhos e dar-lhes oportunidades porque eles merecem, proteger os Direitos Humanos e estender a democracia».
Numa referência ao polémico filme que denegre a vida do profeta Maomé, o presidente dos EUA aproveitou ainda para agradecer o empenho de vários países na defesa dos interesses norte-americanos.
Embora não espere que outras nações concordem em tudo com os EUA e sem assumir que a violência dos últimos dias «represente o pensamento da maioria esmagadora dos muçulmanos», Obama apelou aos líderes políticos para «levantarem a voz contra esta violência e extremismo».
No seu discurso, Obama aproveitou também a ensejo para elogiar em vários momentos a Primavera Árabe, que destronou vários vários regimes no norte de África, e disse que era inevitável que o mesmo aconteça ao regime do líder sírio, Bashar al-Assad.