Doze mulheres, um superministro e nove caras novas. Este é o Governo de Pedro Sánchez
Félix Bolaños é o homem com mais poder neste Governo e acumula o ministério de Presidência com a pasta da Justiça.
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Já se conhecem os 22 ministros do próximo Governo de coligação entre PSOE e Sumar. Com nove caras novas, doze mulheres e um perfil marcadamente político, Pedro Sánchez quis rodear-se de vozes fortes do partido para uma legislatura que se prevê muito difícil.
As quatro vice-presidências do Governo são ocupadas por três mulheres. María Jesús Montero, ministra das Finanças, junta-se como quarta vice-presidente às três que repetem cargo: Nadia Calviño, primeira vice-presidente e ministra de economia, Yolanda Díaz, ministra do Trabalho e segunda vice-presidente e Teresa Ribera, ministra do Ambiente e transição ecológica e terceira vice-presidente.
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María Jesús Montero é uma das figuras que reforça o seu papel no Governo de Sánchez, ao juntar a vice-presidência à pasta que já tinha no anterior Executivo. Outra dessas figuras é Félix Bolaños. O atual ministro da Presidência, e um dos principais responsáveis pela lei de amnistia negociada com os independentistas catalães, acumula agora a pasta da Justiça.
Um dos nomes mais esperados era o da ministra de Igualdade. Já se sabia que Irene Montero, do Podemos, não ia manter o cargo, e a escolha acabou por ser Ana Redondo García, deputada do PSOE em Castilla y León, doutorada em Direito e uma cara pouco conhecida da luta feminista.
Óscar Puente, é outra das novidades. O antigo presidente da Câmara de Valladolid vai ser o ministro de Transportes. O nome de Puente foi muito falado nos últimos meses, depois de ter sido um dos protagonistas da sessão de investidura falhada de Alberto Núñez Feijóo, ao ser o responsável por dar a réplica ao presidente do Partido Popular, em vez do próprio Sánchez.
Cinco ministros para Sumar
Como esperado, Sumar ficou com cinco ministérios. Além do Ministério do Trabalho, de Yolanda Díaz, o partido acumula ainda as pastas de Cultura, com Ernest Urtasun, até agora porta-voz do partido, Direitos Sociais, com Pablo Bustinduy e Infância e Juventude, com Sira Rego, eurodeputada e filiada ao Esquerda Unida. A Sáude também é da responsabilidade do Sumar e a pasta vai ser ocupada por Mónica García, médica anestesista, deputada do Más Madrid e a principal figura da oposição a Isabel Díaz Ayuso na Comunidade de Madrid.
José Albares repete o cargo no Ministério de Negócios Estrangeiros, assim como Margarita Robles na Defesa, Diana Morant, em Ciência, Luis Planas na Agricultura e Pilar Alegria em Educação, responsabilidade que vai acumular com o ministério do Desporto e o cargo de porta-voz do Governo. Fernando Marlaska também se mantém no ministério de Interior. Muito contestado pelas duras atuações policiais em Ceuta em Maio, quando mais de 6000 migrantes entraram ilegalmente em solo espanhol, Marlaska era uma das principais dúvidas no Governo de Sánchez.
Isabel Rodríguez e José Luis Escrivá mantêm-se no Governo, mas mudam de pasta: Rodríguez passa da Política Territorial para a Habitação e Escrivá troca a Segurança Social e Políticas Migratórias pela Transição Digital. Para Política Territorial, Sánchez escolheu o ex-presidente canário, Ángel Victor Torres, que acumula também a pasta de Memória Democrática, e na Segurança Social vai estar Elma Saiz, deputada do PSOE em Navarra. O Executivo completa-se com o catalão e ex-presidente da câmara de Barcelona, Jordi Hereu, na pasta de Indústria.
Os 22 ministros vão tomar posse do cargo já esta terça-feira.