Os 22 ministros de Pedro Sánchez prometeram os seus cargos numa cerimónia no Palácio da Zarzuela.
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O Governo espanhol tomou posse esta terça-feira. Os 22 ministros prometeram os respetivos cargos perante o rei Felipe VI depois de Pedro Sánchez ter comunicado na segunda-feira ao monarca a composição do seu Executivo.
É um governo composto por doze mulheres, quatro delas que ocupam as quatro vice-presidências: Nadia Calviño, ministra da Economia; Yolanda Díaz, ministra do Trabalho; Teresa Ribera, ministra da Transição Ecológica e Maria Jesús Montero, ministra das Finanças.
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O Executivo conta com nove caras novas e um superministro, Félix Bolaños, que acumula duas das pastas mais importantes do Executivo: o ministério da Presidência e o da Justiça.
Bolaños, o primeiro a tomar posse, é uma das figuras do Governo que aumenta o seu poder neste Executivo, ao incorporar a pasta da Justiça às responsabilidades que já tinha no anterior Executivo. Maria Jesús Montero, ministra das Finanças é outra das ministras que sai reforçada neste Governo, uma vez que ocupa a quarta vice-presidência.
Trata-se do segundo Governo de coligação na história de Espanha e entre os ministros que se estreiam no cargo estão quatro do Sumar, que ocupam as pastas de Cultura (Ernest Urtasun), Saúde (Mónica García), Direitos Sociais (Pablo Bustinduy) e Infância e Juventude (Sira Rego). Estes quatro juntam-se a Yolanda Díaz, líder do partido, que mantém o ministério do Trabalho e a segunda vice-presidência. O partido consegue manter, assim, os cinco postos que Podemos tinha no anterior Executivo.
Depois de tomarem posse, os novos ministros reúnem-se já esta quarta-feira no primeiro Conselho de Ministros da nova legislatura.
Ausência de Podemos
O Podemos, partido que compunha a coligação da anterior legislatura, ficou fora do Governo. A relação dentro da aliança de esquerdas Sumar foi sempre tensa e a exclusão dos ministros do Podemos acabou por se confirmar.
O partido insistiu no nome de Irene Montero, ex ministra da Igualdade, até ao fim, perfil que nem Yolanda Díaz nem Pedro Sánchez apoiaram. Este fim de semana, Yolanda Díaz acabou por oferecer o ministério de Direitos Sociais a Nacho Álvarez, destacado membro do Podemos e ex Secretário de Estado da mesma área, mas tanto o partido como o próprio recusaram a oferta. Podemos voltou a insistir no nome de Irene Montero e Yolanda Díaz voltou a recusar.
A pasta de Igualdade era, de resto, uma das que despertava mais curiosidade. A escolha acabou por ser Ana Redondo, deputada socialista por Castilla y León, doutorada em Direito e pouco conhecida dentro do movimento feminista.