O presidente da Comissão Europeia pediu hoje a todas as forças pró-europeias para se mobilizarem, depois da subida dos partidos eurocéticos nas eleições europeias.
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«Mantermo-nos unidos como europeus é indispensável para que a Europa dê forma a uma ordem global em que possamos defender os nossos valores e interesses», disse Durão Barroso, referindo as forças políticas «representadas na Comissão» (conservadores, socialistas e liberais).
Essas forças, acrescentou em comunicado, «são efetivamente as que têm uma representação mais importante no novo Parlamento Europeu» e «os resultados mostram que é possível uma maioria muito sólida e que funcione».
Populares, socialistas e liberais «não estão de acordo em todos os pormenores, mas partilham um consenso fundamental para uma Europa que agora tem de ser reforçada», afirmou, apontando a necessidade de uma «ação decisiva» para promover o crescimento económico e o emprego é a melhor resposta.
Evocando «a transição», sem referir explicitamente a escolha do seu sucessor à frente da Comissão Europeia, Durão Barroso afirmou «esperar que os resultados desta eleição sejam respeitados nas decisões que forem tomadas» pelo conselho europeu e pelo Parlamento Europeu.
As eleições europeias, que se realizaram entre quinta-feira e domingo nos 28 Estados membros, ficaram marcadas pela subida dos partidos eurocéticos numa série de países, sendo as mais simbólicas as vitórias da Frente Nacional francesa e do UKIP britânico, que venceram o escrutínio dos respetivos países com mais de um quarto dos votos.
Segundo as projeções europeias de domingo à noite, os partidos eurocéticos deverão eleger mais de 140 deputados no próximo Parlamento Europeu, que conta com um total de 751 deputados.
Além da FN e do UKIP, elegem deputados partidos eurocéticos como o Partido da Liberdade Holandês (PVV), a Alternativa para a Alemanha, o austríaco Partido da Liberdade (FPOe), o italiano Movimento 5 Estrelas, o Partido Popular da Dinamarca, o húngaro Jobbik, entre outros.