Os 27 membros da União Europeia (UE) vão discutir se aceitam os 210 milhões de euros de ajudas da Comissão Europeia para compensar os produtores afectados pela crise da bactéria E.coli.
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A Comissão Europeia está confiante em obter a maioria qualificada necessária para aprovar uma proposta de ajudas, apesar de serem consideradas insuficientes pelos países mais prejudicados, como é o caso da Espanha.
«Acreditamos que seja possível atingir um acordo», disse um porta-voz da Comissão, explicando que mesmo que o objectivo de Bruxelas seja convencer o máximo número de estados, vão considerar suficiente uma maioria qualificada.
O comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, subiu a oferta de compensações na semana passada de 150 milhões de euros inicialmente proposta para 210 milhões de euros, que vão cobrir até 50 por cento das perdas do sector.
Contudo, vários países, como a Espanha, solicitaram que a cobertura ascenda a entre 90 por cento e 100 por cento das perdas.
Questionado pela TSF sobre a proposta da Comissão Europeia, o ministro da Agricultura disse que o montante não é satisfatório.
«Acho que a verba é insuficiente face ao prejuízo global em toda a Europa. Em Portugal é menos, claro, mas temos de nos enquadrar na perspectiva dos Estados-membros», disse António Serrano.
O ministro da Agricultura conta com o apoio da associação que representa os produtores de frutas e de legumes portugueses, a Portugal Fresh.
«A ajuda é insuficiente. É sensato que seja rápida por que estamos a falar de produtos e num prazo de um mês já não conseguimos contabilizar o que esta estragado», disse à TSF o presidente da associação, Manuel Évora.